Automobilismo
Carômetro da F1: Valtteri Bottas
O segundo piloto promovido a líder
O finlandês Valtteri Bottas entrou para o universo da velocidade aos cinco anos, quando ganhou do pai o primeiro kart. E aos seis anos ele começou a competir, e venceu os primeiros campeonatos. Ele foi campeão finlandês da ICAJ, ICA e da Fórmula A. Bottas ainda integrou a seleção nacional por sete anos.
Foi em 2006 que ele deixou o kart e foi para os monopostos, competindo na Fórmula Renault. No ano seguinte venceu a competição de inverno da Fórmula Renault 2.0 e em 2008 ele venceu a série europeia.
Já em 2009 Valtteri migrou para a Fórmula 3 com a ART e naquele primeiro ano foi o terceiro colocado na série europeia e venceu a F3 Masters, em Zandvoort (Holanda). Na temporada seguinte ele venceu novamente na F3 Masters, sendo o primeiro piloto a ganhar duas vezes seguidas.
Ainda em 2010, ele foi anunciado pela Williams como piloto reserva, tendo sua primeira oportunidade no carro da Fórmula 1 durante testes em Silverstone. E no final da temporada teve o contrato renovado.
Em 2011 Valtteri optou pela GP3 Series, enquanto seguia como reserva na F1, e foi campeão.
O posto de piloto titular na tão cobiçada Fórmula 1 veio em 2013, ainda na Williams, no lugar de Bruno Senna.
O primeiro pódio na F1 foi conquistado em 2014, quando Bottas foi o terceiro colocado no Grande Prêmio da Áustria. Ele ainda subiu ao pódio em mais três corridas naquele ano, na Bélgica, Rússia e Abu Dhabi.
Porém em 2015, com um carro que não performava bem, Valtteri teve uma temporada mais difícil e subiu ao pódio apenas duas vezes, dois terceiros lugares, no Canadá e no México.
A performance da Williams seguiu decaindo e no seguinte o finlandês foi ao pódio uma única vez, novamente uma terceira colocação no GP do Canadá.
Mesmo com carro ruim, o talento de Bottas não passou despercebido pela Mercedes, que contratou o piloto para 2017.Ele teria a missão de substituir Nico Rosberg, que se aposentou depois de vencer o campeonato em 2016, e ser o companheiro do, até então, tricampeão Lewis Hamilton.
Na primeira corrida com a nova equipe Bottas não decepcionou e terminou em terceiro. O gostinho de vencer na F1 veio na Rússia e depois na Áustria e também em Abu Dhabi. A primeira pole position aconteceu no Bahrein. Era o melhor ano dele na categoria. Com 3 vitórias, mais 10 pódios e 305 pontos somados, Valtteri chegou ao fim da temporada como o terceiro melhor piloto. Além de ajudar a equipe a conquistar pela quarta vez o campeonato de construtores.
E depois de três vitórias em um ano, 2018 foi meio amargo. Bottas não conseguiu vencer corridas, mas esteve no pódio em oito etapas. Chegou ao final da temporada como 5º colocado, viu o companheiro se tornar pentacampeão e comemorou o 5º título de construtores da Mercedes.
Já 2019 foi um ano melhor. Bottas venceu quatro vezes, subiu ao pódio em outras 11 corridas e com 326 pontos ficou em segundo lugar no campeonato, atrás apenas de Hamilton. Em 2020 foram nove pódios, 2 vitórias e novamente a segunda colocação no campeonato.
Na última temporada com a equipe alemã, Valtteri venceu apenas o GP da Turquia, esteve no pódio mais 10 vezes e terminou o ano em 3º. Ainda em setembro de 2021, a Alfa Romeo anunciou que o finlandês se juntaria à equipe para o ano seguinte.
E depois de cinco anos na sombra de Hamilton, Bottas agora seria a referência da equipe, já que ao seu lado estaria o rookie Zhou Guanyu.
Contudo, sair do topo do grid para o meio do pelotão é uma grande mudança. E em 2022 Bottas passou bem longe de qualquer pódio. A melhor colocação dele em corridas foi um quinto lugar na Emília-Romanha. E depois de viver o auge e ficar tão perto do maior título da F1, ele foi apenas o 10º colocado, com apenas 49 pontos somados.
Para 2023, Bottas segue na Alfa, assim como Zhou. A equipe tem um novo patrocinador master e tanto o piloto quanto o time esperam resultados melhores este ano.