Will Power conquista 40ª vitória na carreira e torna-se o maior vencedor da Era Moderna em Indianápolis

Seis vezes Will Power, o piloto australiano da Penske triunfa mais uma vez no tradicional Indianápolis Motor Speedway

O tumultuo do Grande Prêmio de Indianápolis veio na segunda metade da prova com as bandeiras amarelas, inclusive com o abandono do líder do campeonato, Alex Palou. Will Power retorna então ao topo do pódio, seguido do francês Romain Grosjean que conquista o segundo pódio da temporada e Colton Herta na terceira posição; Alexander Rossi e Pato O’Ward completam o top-5.

Resumo da corrida

Pato O’Ward, o pole position da vez, largou perfeitamente e vinha abrindo vantagem sobre Will Power. Enquanto isso, Scott McLaughlin realizou uma decolagem de respeito em uma das zebras no miolo do circuito, aterrissando à frente de Jimmie Johnson sem danos.

A estreia da Top Gun Racing como equipe não durou muito. O piloto RC Enerson foi forçado a abandonar o Chevy nº75 na décima segunda volta. Já o estreante Christian Lundgaard, levou o #45 da RLL Racing à liderança da prova na volta 17; correndo boa parte da etapa entre o top-5 e top-10, o dinamarquês terminou concluiu a estreia na IndyCar Series na 12ª posição.

A corrida foi definida pelas diferentes estratégias, com a troca de pneus e combustível, que renderam duelos tensos durante toda a corrida. As voltas 20, 21, 22 e 29 foram marcadas pelas ultrapassagens de Rinus Veekay em cima de Ryan Hunter-Reay, e de Herta sobre O’Ward. Max Chilton também teve seu momento marcante, se enroscando mais cedo com Josef Newgarden na grama; independente do ocorrido, ambos os pilotos completaram a corrida, nos 20º e 8º lugar, respectivamente.

Pato e Palou duelaram friamente para ganhar terreno no campeonato ao mesmo tempo que Will Power abria pouco mais de oito segundos de vantagem sobre Herta. E olha onde mora o perigo! Power acusou James Hinchcliffe de o estar segurando para que o carro #26 da Andretti pudesse alcançar o líder. Suspeitas do australiano ou não, o veterano Penske seguiu mais três voltas atrás do “prefeito de Hinchtown”.

A primeira bandeira amarela da prova veio cheia de reviravoltas e incendiou o campeonato. Alex Palou sofreu de falhas mecânicas e abandonou. O espanhol terá de trocar o motor mais uma vez, resultando numa penalidade de pelo menos seis posições no próximo grid de largada. O líder do campeonato sofreu do mesmo problema em Detroit e Nashville.

Bandeira verde faltando 15 voltas para a quadriculada! A corrida se agita com Newgarden deixando Pagenaud para trás e assumindo a nona posição, enquanto o mexicano Pato ultrapassa Rossi e leva o troco logo em seguida. Grosjean ganha a P2 de Herta sem utilizar o push-to-pass com manobra espetacular, ao passo que Graham Rahal e Sebastien Bourdais rolam na grama.

A segunda amarela é provocada por Veekay, que rodou após toque de McLaughlin. O prejudicado da vez é Hélio Castroneves, o brasileiro atravessou a grama para se salvar do acidente e perde cinco posições.

Restando três voltas para o fim, Power caminha com 51 segundos de push-to-pass enquanto Grosjean e Herta não possuem sequer uma gota de potência extra. E assim, o australiano conquista a redenção na equipe Penske após o caótico GP de Nashville, e dá a volta por cima após perder a vitória em Detroit por falhas mecânicas.

Castroneves ficará fora de Gateway no próximo sábado e retorna em Portland. Teremos Tony Kanaan e Pietro Fittipaldi no oval de St. Louis.

Na classificação do campeonato, Palou agora lidera com apenas 21 pontos de vantagem sobre Pato O’Ward da Arrow McLaren SP e 34 sobre o companheiro de equipe na Chip Ganassi, Scott Dixon. Falando na raposa, o australiano recebeu a bandeirada na 17ª posição após largar da 26ª. E vale destaque para Alexander Rossi, que conquistou o melhor resultado na temporada ao ficar em quarto.

“Estávamos lutando pelo pódio e tivemos de parar. É uma pena quando estávamos correndo tão bem, mas é apenas um solavanco na estrada. Vamos continuar e recuperar esses pontos”, disse Palou em entrevista a NBC Sports.

Power volta a vencer e respira sem o peso sobre seus ombros. “Precisávamos disso como um grupo. Eu não posso te dizer o quão bons esses caras têm sido este ano. Sem falhas nos pit-stops, eles me deram um bom carro, tivemos azar e cometi alguns erros também. Que alivio. Quando veio a amarela e depois outra, você tem que sobreviver, mas tínhamos um carro muito bom. O trânsito estava um pouco difícil, mas o carro estava bom na frente”.

Colton Herta mostrou-se feliz com a P3. “Foi uma boa recuperação de Nashville. Excelente trabalho de todos. Os pit-stops foram ótimos, a estratégia foi ótima. Acho que maximizamos tudo hoje. Não tínhamos nada para Grosjean ou Power, então acho que o terceiro foi o melhor que podíamos fazer”.

TOP-10 do Grande Prêmio de Indianápolis:

P1 – Will Power #12 (Team Penske)
P2 – Romain Grosjean #51 (Dale Coyne Racing)
P3 – Colton Herta #26 (Andretti Autosport)
P4 – Alexander Rossi #27 (Andretti Autosport)
P5 – Pato O’ward #5 (Arrow McLaren SP)
P6 – Jack Harvey #60 (Meyer Shank Racing)
P7 – Graham Rahal #15 (RLL)
P8 – Josef Newgarden #2 (Team Penske)
P9 – Marcus Ericsson #8 (Chip Ganassi Racing)
P10 – Takuma Sato #30 (RLL)

A próxima corrida será o Grande Prêmio de Madison, na noite do próximo sábado, 21 de agosto, sendo o último oval da temporada.

Texto de Sam Henck e Vinicius de Oliveira

– Imagens: Site IndyCar