Lewis Hamilton fica na Mercedes

Equipe e piloto chegaram a acordo e vão para a nona temporada juntos

 

Lewis Hamilton, Mercedes e Toto Wolff. Três personagens da maior novela dos últimos tempos no automobilismo. O contrato que foi firmado e anunciado na segunda-feira (8) é fruto de uma arrastada negociação, cheia de rumores dos mais diversos tipos, chegando ao fim com a confirmação do heptacampeão por pelo menos mais um temporada na equipe alemã.

”Estou empolgado por entrar em minha nona temporada com meus companheiros de Mercedes. Nossa equipe conquistou coisas incríveis juntos e estamos animados para levar nosso sucesso para ainda mais longe, já que continuamos melhorando, tanto dentro, quanto fora da pista. Estou igualmente determinado a continuar nessa jornada que começamos de tornar o automobilismo mais diverso para as próximas gerações e estou agradecido à Mercedes por ter apoiado meu pedido para cuidar dessa questão. Tenho orgulho em dizer que vamos levar isso ainda mais a sério neste ano, lançando uma fundação dedicada à diversidade e inclusão no esporte. Estou inspirado por tudo o que podemos construir juntos e mal posso esperar para voltar às pistas em março.”

Lewis Hamilton, em entrevista sobre a renovação do contrato.

Hamilton tinha acordo com a equipe que lhe deu 6 dos 7 títulos mundiais até o fim de 2020. Quando o companheiro de equipe Valteri Bottas renovou, o foco foi total para entender se o piloto inglês iria ou não continuar na equipe e na própria Fórmula 1.

O que ninguém esperava era que situações nada comuns ocorressem e atrasassem o processo. Hamilton deixou claras suas exigências, reduziria o salário e aumentaria o bônus no final do mundial de construtores, caso a equipe vencesse, e gostaria de ter mais participação na empresa com o projeto de sustentabilidade e o programa de inclusão para jovens pilotos.

Em paralelo, Toto Wolff, tentando firmar o acordo o mais rápido possível, não encontrava Lewis para sentar e conversar os detalhes do contrato, já que o heptacampeão estava de viajando de férias, enquanto Wolff permanecia na Europa. As conversas eram feitas de forma remota e pelos advogadas de ambas as partes. O chefe de equipe também teve COVID-19 no começo do ano, atrasando ainda mais o acerto.

“Chegamos juntos ao acordo de um ano”, disse. “Em primeiro lugar, teremos uma mudança substancial de regulamento em 2022. Queremos ver também como fica a situação mundial, e a empresa. Além disso, é porque demoramos demais. Queríamos discutir o contrato no final da temporada, entre as provas do Bahrein, mas aí, obviamente, Lewis não estava bem. No final, iniciamos a negociação antes do Natal. E era importante resolver tudo o mais rápido possível. Por isso, pensamos em adiar a discussão sobre 2022 e além para mais tarde neste ano”.

Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes

Sobre o veto de Verstappen no contrato de Hamilton, Toto foi enfático e desmentiu o rumor, dizendo não saber de onde isso teria surgido.

O contrato foi firmado e tem a possibilidade de renovação para 2022, porém, com as mudanças no regulamento, talvez a Mercedes não mantenha o domínio visto nos últimos anos. Porém, com o congelamento de grande parte das regras de 2020 para este ano, a equipe tem tudo para se manter no topo.

Escrito por Ulisses Avelino