Carômetro da F1: Nico Hulkenberg

A volta de quem realmente nunca foi embora

Nico Hulkenberg está de volta ao grid da Fórmula 1 neste ano, mas ele não é um desconhecido. O piloto alemão está na categoria desde 2010, seja como titular ou reserva.

Nico entrou para o kart aos 10 anos de idade. Em 2002 foi Campeão Alemão de Kart Júnior e em 2003 venceu o Campeonato Alemão de Kart.

Dois anos depois, o alemão estreou nos monopostos na Fórmula BMW alemã. Ele venceu o campeonato com oito vitórias, 14 pódios e nove pole positions. E no ano seguinte, Hulkenberg foi para a Fórmula 3.

Na primeira temporada na F3, o alemão terminou em quinto. Mas ao invés de aproveitar as férias entre as temporadas de 2006 e 2007, Hulkenberg se juntou a equipe alemã na competição A1 Grand Prix. Ele conquistou nove vitórias e levou a equipe a vencer o campeonato.

Já em 2007, Nico disputou a EuroSeries da F3 com a ASM. Ele ficou em terceiro lugar com quatro vitórias. Na temporada seguinte ele venceu o campeonato, com sete vitórias, oito pódios e seis pole positions. O sucesso na F3 chamou a atenção de uma equipe na Fórmula 1, a Williams, que anunciou o alemão comi piloto reserva para 2009.

Além de ser reserva na F1, naquele ano Nico competiu na GP2 com a ART, ao lado de Pastor Maldonado. E com cinco vitórias, 10 pódios e três poles, ele venceu o campeonato em seu ano como rookie. Tal feito não acontecia desde Lewis Hamilton.

E novamente a Williams viu em Hulkenberg o talento de um bom piloto, e o promoveu para titular para a temporada de 2010. E em uma chuvosa classificação no Brasil, o alemão conquistou sua primeira pole na F1. Porém sem um grande desempenho na corrida, ele terminou em oitavo e acabou sendo dispensado pela equipe no final do ano.

Mas em janeiro de 2011, foi contratado pela Force India como piloto reserva. E em 2012 foi promovido a titular. E com 63 pontos, uma performance brilhante em Interlagos e um quarto lugar em Spa-Francorchamp, ele foi o 11º no campeonato e chamou a atenção da Sauber.

Contudo a parceria com a equipe durou apenas uma temporada, com Nico sendo o 10º no campeonato de pilotos. Em 2014 ele retornou à Force India. Na segunda temporada com a equipe ele chegou em quarto lugar em cinco corridas e com 96 pontos marcados foi o nono colocado.

No seguinte o piloto alemão colocou seu nome na história como sendo o primeiro piloto ativo da Fórmula 1 a vencer às 24 horas de Le Mans, em 24 anos. Enquanto na F1 ele permaneceu com a Force India até o fim de 2016.

E em 2017, a Renault estava voltando ao grid da categoria e confirmou Nico como titular. As duas primeiras temporadas com a equipe francesa foram estáveis, com Hulkenberg terminando em 10º na primeira e em 7º na segunda.

Mas 2019, com Daniel Ricciardo como companheiro, Hulkenberg foi apenas o 14º e a equipe optou por trazer Esteban Ocon para a temporada seguinte.

Sem vaga como titular, Nico se viu novamente na reserva, dessa vez na Racing Point. Com a temporada de 2020 tumultuada devido à Covid-19 e pilotos sendo afetados pelo vírus, Hulkenberg teve a oportunidade de correr. Primeiro ele substituiu Sergio Pérez no GP da Inglaterra e no GP do 70º Aniversário, no qual ele classificou em terceiro e terminou em sétimo.

Depois ele substituiu o outro piloto da equipe, Lance Stroll, no GP de Eifel, disputado na Alemanha. Na classificação Nico não foi bem, e acabou largando em 20º. Entretanto ele foi muito bem na corrida, escalou o pelotão e terminou me oitavo.

Em 2021 a Racing Point se tornou Aston Martin e Hulkenberg seguiu como reserva da equipe em 21 e 22. E em 2022 ele voltou a correr, dessa vez no lugar de Sebastian Vettel, que testou positivo para Covid-19. Nico correu no Bahrein e na Arábia Saudita, terminando em 17º e 12º, respectivamente.

Em todos esses anos na Fórmula 1, Nico amarga um recorde ruim, são 182 GPs sem nunca ter subido ao pódio. Porém o bom desempenho mesmo como reserva deram ao alemão uma nova chance como titular. E na temporada de 2023, Hulkenberg está de volta ao grid pela Haas.

Será que a terceira chance na F1 vai trazer a ele o tão sonhado pódio? Difícil dizer, já que a Haas vem tentando se garantir entre o pelotão do meio depois de amargar vários anos entre os últimos colocados, mas parece ter virado a chave no ano passado.