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Luta

Vitória com “V” de vingança: Galo comanda o clássico e se mantém no G4

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Foto: Bruno Cantini/Atlético.

A torcida
rival pode falar que era válido por outra competição. Pode falar que ganhou
quando era decisão de campeonato ou vaga em semifinal de Copa. Mas o gostinho
de afundar o maior rival no Z4 do Brasileirão, aproveitando a fase ruim vivida
do lado de lá não tem preço.
No ritmo do “vuc
vuc” de Vinicius Goes, o Galo fez uma partida impecável defensivamente no Horto
na noite deste domingo, e aproveitando bem os erros da defesa celeste venceu
por 2 a 0 e se firmou de vez na briga pelas primeiras colocações da tabela. Ao clube
do lado de lá da Lagoa, o tormento de conviver no Z4 em uma semana de mais uma
decisão pela frente.
O jogo começou
com uma toada diferente dos últimos clássicos entre as equipes. Mesmo jogando
em casa, o Atlético entregou a posse de bola para o adversário e deixou com que
o rival tomasse a iniciativa da partida. Mas vivendo uma crise interna no clube
que acabou entrando nas quatro linhas, os azuis não conseguiam demonstrar
nenhuma criatividade em campo e o desespero foi nítido. Há 7 jogos sem marcar,
uma vitória em 17 partidas, mal conseguiram assustar o goleiro Cleiton.
O Galo por sua
vez se fechava bem na defesa. Rever e Igor Rabello desde o início mostraram que
a concentração estava em dia. Jair um leão na volância diminuía os espaços das
mentes pensantes do meio campo celeste. E as saídas nos contra-ataques enfim
aconteciam em velocidade e com grande número de jogadores aparecendo para
incomodar a defesa rival. Rodrigo Santana mudou a formação e acertou
maravilhosamente. Vina, que vive grande fase, cravou seu lugar no time, e vai
ser difícil tirá-lo dos 11 titulares. Cazares recuperado de conjuntivite também
é peça crucial para a equipe devido a seu grande de leque de jogadas que pode
tirar da cartola. Com isso, Romulo Otero que não vinha jogando bem desde seu
retorno ficou no banco e sequer foi chamado para o jogo. Mas honestamente? Nem fez
falta.
Com uma
disciplina tática formidável de todos em campo, o Galo não deu nenhuma
oportunidade de gol para o rival na primeira metade de jogo. E na frente,
sempre incomodando o arqueiro Fábio. Chará, que não fez grande partida, tentou
algumas boas finalizações vindas da esquerda. Cazares em ótima jogada
individual deixando Orejuela a ver navios quase fez um golaço e Vina em dois
bons chutes de longa distância deram cansaço ao goleiro, que dessa vez não virou
as costas para a emoção.
O primeiro gol
do Galo na partida talvez tenha sido o gol mais controverso dos últimos anos, o
mais contraditório para aqueles que gostam de criticar (algumas vezes com razão,
mas em outras apenas por hobby). Pressão na saída de bola feita por… Cazares
(que é tido como preguiçoso), posse recuperada e bom giro no meio campo com boa
assistência de Ricardo “Pastor” Oliveira (aquele mesmo que não participa do
jogo e fica preso lá no meio da defesa adversária) e uma finalização
rasteirinha, no cantinho, certeira de Vinicius (que para muitos, inclusive esse
que vos escreve, não servia para vestir a camisa alvinegra). Ele vestiu, e
representou muito bem o que é jogar um clássico. O 9×2 inverso em sua camisa
lhe caiu muito bem e agora ele faz a torcida inteira entrar no ritmo de sua comemoração
com Guga. Foi seu terceiro gol nos últimos 5 jogos do time.
Foto: Bruno Cantini/Atlético.
A segunda
etapa veio e o rival veio para cima buscando o empate, mas a nossa estava
vivendo uma noite de glória ontem. Rever absoluto em todos os lances pelo alto,
Rabello um xerifão por baixo. Nada passava. E quando passava, como em
cruzamento para Thiago Neves, a má fase do lado de lá reinava. Cabeçada sem
maiores sustos pela linha de fundo. E contragolpes alvinegro continuavam dando
suor para a defesa deles. E foi em um lance assim que surgiu o segundo gol que
sacramentou a vitória. Arrancada de Patric pela direita, ele cruza rasteiro, a
bola desvia na defesa e fica na medida para Nathan completar livre de marcação
para o gol. Festa da massa, que foi em pouco número ao estádio. Invencibilidade
mantida no Independência em 2019, agora já são 21 partidas sem perder no
estádio.
O Galo se
consolida na quarta posição, agora com 24 pontos, empatado com o Flamengo em
terceiro (perde no saldo de gols, 9 a 6) e a quatro do Palmeiras vice-líder. O Santos
está isolado na ponta com 32 pontos. Na próxima rodada, o Galo recebe o
Fluminense no sábado, 10, às 21:00. Jogo contra mais um adversário da parte de
baixo da tabela que devemos entrar com foco total e buscar mais uma vitória. Nada
dessa história de jogo fácil. Com o Galo nunca teve isso. No mais jeitinho
mineiro de ser, vamos comendo pelas beiradas e quem sabe sem chamar atenção algo
grandioso nos está reservado no fim do ano.
Foto: Bruno Cantini/Atlético.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG 2 X 0 CRUZEIRO


Data: 04/08/2019.
Local: Independência,
em Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Leandro Pedro
Vuaden (RS) 

Assistentes: Fabrício
Vilarinho da Silva(GO) e Neuza Ines Back (SP)

Árbitro de vídeo: Daniel Nobre
Bins (RS)

Cartões Amarelos: Jair, Elias
(CAM); Orejuela, Thiago Neves, Fred(CRU). 

Público e Renda: 13.181/R$
546.290,00



Gols: Vinícius, aos
45’-1ºT(1-0), Nathan, aos 46′-2ºT(2-0).

ATLÉTICO-MG: Cleiton; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos;
Jair, Elias, Vinicius Goes (Nathan), Cazares (Geuvânio) e Chará; Ricardo
Oliveira (Papagaio). Técnico:
Rodrigo Santana.



CRUZEIRO: Fábio;
Orejuela, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Robinho), Marquinhos
Gabriel e Thiago Neves (David); Pedro Rocha (Sassá) e Fred. Técnico: Mano Menezes.

Por: Rodrigo Ricoy
@dih_ricoy

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