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Automobilismo

Os brasileiros na Fórmula E

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Lucas Di Grassi Foto: Fia Formula E

Eu amo automobilismo. Seja lá qual for a categoria, quantos carros correm ou mesmo se usam combustível fóssil ou não. Confesso ter estranhado a Fórmula E no começo, como diabos fazer um campeonato de carros elétricos correndo em verdadeiros cubículos que são os circuitos de rua? Eis o resultado desse pensamento boboca de considerar a Fórmula 1 como a única coisa que importa no esporte a motor.

Veja o caso dos pilotos brasileiros. Se fulano não dá certo na F1, pronto. É o suficiente para condenar sua carreira e achincalhar o dito cujo. Esquecem que o sucesso na F1 é comumente reservado para quem está no carro certo e na hora certa. Rubens Barrichello é um piloto de talento ímpar e guiou na Ferrari quando a escuderia tinha o melhor carro do grid, mas dividiu a equipe com um tal de Michael Schumacher. O resto vocês já sabem.

Pois bem, o foco aqui é a FE. Essa categoria tão emocionante já nos reservou muitas alegrias com pilotos brasileiros no alto do pódio e vencendo campeonatos. Tivemos dois campeões da categoria que fizeram bonito com seus carros elétricos de barulho inicialmente esquisito. Lucas Di Grassi e Nelsinho Piquet tiveram esse gostinho.

Di Grassi é um dos maiores pilotos da categoria. Os números não mentem: 13 vitórias, 40 pódios, 4 poles e o título da temporada 2016/2017 Não é por acaso que o seu nome se confunde com o da FE e muita gente faz tal associação de maneira automática. Di Grassi ganhou seu título pela Audi, equipe na qual ele correu por sete temporadas. Conquista impactante com um nome pesado para o esporte a motor.

Nelsinho Piquet, ele mesmo, venceu o primeiro campeonato da categoria. Foi na temporada 2014/2015. Triunfou duas vezes e pontuou de forma suficiente para ganhar seu título, prezando por uma regularidade absurda digna de um Piquet – seu pai foi tricampeão na F1 ganhando 3 de 15 corridas em 1987. Na última prova, contou com uma ajudinha de Bruno Senna, que segurou seu oponente no campeonato.

Para quem diz que a FE não tem histórias marcantes e não transmite emoção, vejam só: um Piquet foi campeão com uma ajuda luxuosa de um Senna. Quem diria, hein? Dois pilotos talentosos que não deram certo na F1 e fizeram bonito guiando carros elétricos. São essas histórias que singularizam uma jovem categoria em franca ascensão em termos de popularidade.

Além dos dois campeões e de Bruno Senna, o Brasil teve na categoria outros pilotos como Felipe Massa e Felipe Nasr. O primeiro correu 24 vezes e conquistou um pódio no ePrix de Mônaco correndo pela equipe Venturi. Já o último correu em apenas três oportunidades sem ter pontuado. Sérgio Sette Câmara continua na FE e já cravou 12 pontos em sua trajetória na categoria.

A Fórmula E está em solo brasileiro, teremos o ePrix de São Paulo. Com um predomínio anunciado da Porsche na temporada, Stoffel Vandoorne fez um bom qualy com sua DS Penske e superou Félix da Costa na briga pela pole. O VQTTV cobre in loco todas as emoções desse ePrix.

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