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Fórmula Indy

De “não garantido” em 2020, a líder da Indy e campeão das 500 Milhas: a história – até o momento – de Simon Pageneuad em 2019- O que mais o francês vai aprontar

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No início do ano, havia um piloto que não tinha ideia se
teria um carro para o ano que vem na Fórmula Indy. Talvez este fosse seu último
ano na categoria. Era, talvez, o piloto mais contestado de todo o grid, mesmo
sendo da equipe que possuía o melhor carro.
Começou a temporada, e os resultados não ajudavam. Fora dos
“Top 10”, derrotas em classificações… tudo contra. Parecia que realmente em
2020 não estaria mais ali.
De repente… Maio. Chega o Grande Prêmio de Indianápolis. E
o cara me tem uma performance simplesmente espetacular debaixo de uma chuva
pesadíssima, e vence a corrida!
Logo depois, as 500 Milhas de Indianápolis. Opa, aí a
história é outra, certo? Afinal, é “só” uma das 3 principais corridas do
automobilismo mundial. Pressão. História. Mística de um lugar onde os maiores
já correram e outros enormes ainda correrão.
Pois é… a história não foi outra. Esse cara fez a pole
position; liderou quase a corrida inteira; foi ultrapassado a 2 voltas do
final, por um Alexander Rossi com “sangue nos olhos”…retomou a liderança a
uma volta do fim… e colocou seu nome na história e seu rosto no troféu mais
desejado por todos os pilotos – e claro, tomou o “leite sagrado” no pódio.
Parece roteiro de filme, mas é o roteiro, até o momento, do
que vem sendo o 2019 do francês Simon Pageneaud. O francês vive um momento
iluminado. Sua performance em Indianápolis beirou a perfeição. Claro, a Equipe
Penske tem um carro excepcional, uma estratégia absurda… mas não é novidade
que apenas isso não garante vitórias. Pageneaud mostrou – especialmente a quem
duvidava dele, lá atrás – , que não só é um piloto talentoso, mas arrojado, que
sabe a hora de partir pra cima, a hora de se defender, assim como é um
profissional que não cede à pressão. Os ataques absurdos de Rossi nas últimas
voltas mostraram isso. O francês deu uma AULA de pilotagem. Assistindo a corrida,
juro que pensava que não ia ter jeito; pois ele fez de tudo um pouco: defendeu
de todas as formas para não ser ultrapassado, cortou o vácuo de Rossi, “fechou
a porta” do americano várias vezes… e quando finalmente o adversário
conseguiu passá-lo, a somente 2 voltas do fim da prova, manteve o equilíbrio
para dar o troco na volta seguinte de maneira espetacular, e partir para a
vitória. Se as primeiras 150 voltas não foram de tanta emoção assim, as últimas
valeram por várias corridas!
Agora, com a vitória, Pageneaud assume a ponta do mundial,
com apenas 1 ponto de vantagem sobre Josef Newgarden, seu companheiro de equipe. E considerando tudo o que
passou até aqui para chegar à liderança, justo no Indianápolis Motor Speedway,
vai fazer de tudo para conseguir o título. De minha parte, espero novos shows
desse francês que não abaixa a cabeça sob qualquer circunstância contrária…
essa disputa será muito boa!
A próxima etapa
já é nesse fim de semana em Detroit, no circuito misto de Belle-Isle Park. A
corrida 1 será no sábado, dia 01/06 e a segunda corrida no domingo. Promessa de
mais um pega quente na disputa do título dessa temporada que já começou
bastante equilibrada, com 5 vencedores diferentes nas 6 primeiras corridas.
Curtinhas sobre a prova!!!
 
Nos olhos dos outros é refresco…
 Alexander Rossi quase não teve a chance de protagonizar
a disputa espetacular com Pageneaud ao fim da prova: Um problema no bico da
bomba de abastecimento o fez perder enorme tempo em seu penúltimo pit stop. Foi
salvo por uma bandeira amarela providencial provocada por uma batida na entrada
dos boxes de
Marcus
Ericsson; assim, voltou em 7º lugar e pôde fazer a corrida de recuperação
sensacional que vimos até o final.
 
Juntos e Misturados … no asfalto!
Um acidente
incrível aconteceu envolvendo os carros de
Sebastien Bourdais e Rahal,
levando junto Rosenqvist e Veach. 4 carros fora de combate,
destroços espalhados por toda a pista, e a corrida paralisada, com os carros
tendo de voltar aos boxes. Só foi retomada faltando 14 voltas para o final.
 – Olha o
Japa no fim!!!
Discreto durante a maior
parte da prova, Takuma Sato partiu com
tudo no finalzinho! Foi galgando posições, e terminou em um fantástico 3º
lugar, atrás somente dos 2 Penske! Um fim de corrida sensacional para o Japonês
da RLL!!!
 
Brazucas
Os brasileiros
tiveram um desempenho razoável, se unirmos os 3 resultados: o 9º lugar de Tony Kanaan foi muito bom, considerando
que seu Foyt não está entre os melhores carros – assim como o 15º lugar de Matheus Leist, da mesma equipe de Tony.
Matheus inclusive vem demonstrando bastante qualidade nessa segunda temporada
na Indy. O quarto lugar no traçado misto em Indianápolis, há duas semanas,
sendo este o melhor resultado da AJ Foyt em 5 anos, demonstra a força dessa
jovem promessa brasileira que em um carro mais equilibrado pode aprontar algumas
surpresas.
Já o 18º lugar
de Hélio Castroneves foi, no mínimo, decepcionante. Esteve entre os primeiros
no início da corrida e fazia uma boa prova até um pit stop onde se enroscou com
James Davison nos boxes; danificou o carro e acabou tendo de pagar um
drive-through… daí pra frente, ficou sempre atrás, sem chances de brigar pela
prova.
 
Já faziam 99 anos…
Pois é! Desde
1920 um francês não vencia em Indianápolis! O último tinha sido Gaston Chevrolet. Anteriormente, outras
2 conquistas, com Julex Gous, em
1913, e René Thomas, em 1914. Com a
vitória de Simon Pageneuad, a França
desempata com a Itália e se torna o 4º país com o maior número de vitórias em
Indianápolis, com 4. Em 1º estão os EUA, com 72 vitórias; em 2º o Reino Unido,
com 8; o Brasil está em 3º, com 7.
 – Na
“seca”…
Apesar dos EUA
serem o maior vencedor da Indy 500 de longe, desde 2016, com Alexander Rossi,
um piloto da casa não vence a corrida. Em 2017
o vencedor foi Takuma Sato (Japão), e em 2018 o australiano Will
Power
.
É isso, galera!
Esperamos que tenham curtido o texto! Se quiserem contribuir de alguma forma, deem um toque nos comentários abaixo! Critiquem, peçam matérias, enfim,
participem conosco! Quanto mais tivermos a participação de vocês, mais iremos
crescer, melhorar e entregar um material de qualidade cada vez maior pra todos!
Um grande
abraço a todas e todos,
Renato Mello e
Rodrigo Ricoy
Foto:
Borg-Warner Trophy
Por: Renato
Mello e Rodrigo Ricoy
Twitter:
@mellorenato
@dih_ricoy
             @vaiquetotevendo

 

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