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Futebol

1 ano longe; 112 anos de GALO! Feliz Aniversário,meu velho!!!

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Fala,
MASSA!!!
Pois é…”exilado” no Japão, sem computador ainda, e por isso sem escrever praticamente nada… pelo whatsapp é complicado pra enviar pro site – apesar que meu texto mais recente foi exatamente assim, vindo de um comentário em um grupo, totalmente por acidente; mas foi exceção. A correria aqui impede de fazer textos a todo momento somente pelo celular. E nessa, vou ficando longe de um dos hábitos que mais amo, que é escrever sobre o GALO…
Mas dessa vez não dava pra passar ileso. Não tinha como. E o motivo é simples: hoje, 24/03/2020, faz exatamente 1 ano que fui ao Mineirão pela última vez, ver nosso GALO jogar. E foi a 1a vez do meu filho lá. O baixinho já tinha ido ao Independência, naquele GALO  1×0 São Paulo, mas não conhecia o Mineirão ainda. E como estávamos próximos de vir pra cá, não poderia deixar de levá-lo. Assim, aproveitei que cumpri a promessa feita a ele – comprar a camisa do ídolo Victor, que ele tanto adora, na Loja do GALO, e o levei ao jogo (claro…comprei uma do meu ídolo de todos os tempos também, o “Bomba de Vespasiano”, Éder). O mais legal foi que meu melhor amigo, Márcio – companheiro de tantos e tantos jogos no nosso “Salão de Festas” –  estava em BH com a família e fomos todos. E ele ainda é padrinho do baixinho. Fomos eu, meu filhote, Márcio, minha comadre Quel
(madrinha do pequeno e esposa do Márcio), e os filhos deles. O jogo era GALO e Tupynambás, pelas 4as de final do Campeonato Mineiro.
 
Foto: Arquivo Pessoal.
Devidamente uniformizados, cada um com a camisa do seu ídolo, eu e Renatinho entramos no Uber para nós encontrarmos com o pessoal.
No caminho já começou a passar um filme na minha cabeça…a 1a vez que fui ao Mineirão com apenas 5 anos, em um GALO 5×2 América em 1977… 3 de Marcelo e 2 de REInaldo. Na hora que entrei no Mineirão, lembro que enlouqueci, vendo a loucura que era aquela torcida! Eu não conseguia falar…só olhava para as arquibancadas e escutava aquela festa, via aquela massa ensandecida a gritar “GAAAAAAAAAAAALLLLLLLLLLLLLÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ” a plenos pulmões! E ali eu vi que as histórias sobre nossa torcida não podem ser compreendidas se não se vivencia o que é aquilo, aquele exército alvinegro lotando o estádio e empurrando o time como nenhuma outra torcida faz.
Lembrei das 3 finais de Conmebol que estive; da final da Recopa, que fui com meu irmão; dos jogos contra o rival em 1999 pelas 4 as de final do brasileiro, onde ganhamos os 2, por 4×2 e 3×2…dos 8 clássicos consecutivos que fui nos anos 80; de momentos mágicos daquele time de Éder, REInaldo,
Cerezo, Luizinho… E de vários outros momentos, alegres e tristes. Mas as alegrias sempre foram maiores. Por causa de títulos? Não. Pelo fato de o Atlético, em minha família por parte de pai, ser mais que apenas um time: é um membro da família! Ir ver um jogo do GALO é ter a mesma alegria que visitar aquele parente que você tanto ama. Passa momentos maravilhosos e tristes também, mas sempre é lindo saber que ele está alí. Então não dá pra ser ruim ver o GALO, mesmo nos momentos de sofrimento. Pois eles passam…e ele sempre estará ali.
Voltando ao jogo…chegamos ao estádio, e meu filho, e os meninos do Márcio (João Matheus e Marco Antônio) estavamc maravilhados com a festa! Mesmo sendo.um jogo de 4as de Mineiro contra um time sem expressão, ia lotar (foram 47.000 pessoas nesse dia)! Era véspera do aniversário do GALO, e engraçado que só depois me toquei que unindo minha camisa com a do meu filho formava o número “111”, o número de anos do aniversariante. Uma coincidência muito legal!
No estádio, os meninos gritavam “GALÔ” o tempo todo, olhavam aquele mar alvinegro, e só queriam que o jogo começasse. Enquanto isso, eu e Márcio contávamos a eles e à Quel nossas histórias no velho Mineirão.
Pipocas e refris comprados para os garotos, sentamos na arquibancada, bem no meio do campo. De repente, a torcida começa a cantar o hino, e quando olho para o lado, meu filho tinha sumido na cadeira e estava girando a camisa BERRANDO o hino do GALO a plenos pulmões, em tempo de cair… não sabia se dava um beijo de orgulho e felicidade nele, se chorava de emoção, se cantava junto ou se o segurava pra não despencar! Por fim, fiz de tudo um pouco: me abracei a ele, dei um beijo enorme, e cantamos o hino juntos, com ele girando a camisa tão forte que tomei umas pancadas na cabeça (pois é, ele é desastrado que nem o pai)… mas eu estava tão feliz que não estava nem aí pra isso! Por um momento, até me esqueci que era uma despedida – sabe-se lá por quanto tempo – do meu GALO querido, do meu parente mais íntimo por tantos anos…
Foi uma tarde maravilhosa: o GALO venceu (4×2), meu filho e eu ficamos roucos de tanto gritar, revivi a “paciência” do Márcio (que como sempre faltava xingar as placas de publicidade, as cadeiras e
o gramado, com sua “calma característica”, o que provocou boas risadas em todos)…
Até que terminou o jogo e o estádio começou a ficar vazio. Tiramos fotos com os meninos, e quando íamos sair, me peguei sentando novamente e olhando para aquele espaço enorme em minha frente. E o filme voltou a passar em minha cabeça, agora com um agravante: não tinha a menor ideia de quando passaria por aquilo novamente, de quando meu filho poderia passar de novo por aquela emoção. A despedia tinha chegado. De repente, Márcio vem me chamar para irmos embora…pedi para sentar ao meu lado, e comecei a chorar, lembrando de tudo. Não conseguia levantar. Como despedir? Como sair dali depois de tudo que vivi naquele lugar desde os meus 5 anos? Como pensar que iria estar tão longe do meu GALO, vendo no máximo pela internet? Era MUITO difícil.
Conversamos um pouco sobre essas coisas, e como sempre meu melhor amigo me deu muita força. “Um dia você vai voltar, mesmo que demore. Faz parte da
escolha que você fez. Mas não vai acabar”.
Assim, saímos. Pela primeira vez na vida, fui o último a sair do estádio. Não sem antes olhar pra trás e mandar um beijo, agradecendo por tudo. Especialmente por aquele dia, pela alegria que meu GALO querido proporcionou ao meu filho, naquele lugar. Me despedir com um “até logo”. 
Isso foi há 1 ano atrás. Chegamos ao Japão em maio, e desde então acompanho pela internet tudo o que acontece. Principalmente pelo grupo de amigos no whatsapp do “Resenha do GALO'”, com um bando de malucos alucinados por esse time como eu. Meu filho continua acompanhando comigo, e sempre quer usar a camisa do Victor…se depender dele usa tanto, que daqui uns dias a camisa sai andando sozinha até ele…
19.000 km nos separam do GALO. Mas só na distância; continua em nossos corações, e depois daquele dia, mais forte do que nunca. 
Por isso não poderia de jeito nenhum ficar sem escrever esse texto. Não poderia ficar sem dar os parabéns ao meu querido membro mais velho da família.
 
Foto: Arquivo Pessoal.
Foto: Arquivo Pessoal.
Foto: Arquivo Pessoal.
Foto: Arquivo Pessoal.
 
FELIZ 112
ANOS, CLUBE ATLÉTICO MINEIRO!!! 
SAIBA QUE MESMO DO OUTRO LADO DO MUNDO, TEM UMA FAMÍLIA QUE TE AMA MUITO!!! MUITO OBRIGADO POR EXISTIR EM NOSSAS VIDAS!!!
Por:
Renato Mello
@mellorenato
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