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Automobilismo

Ford anuncia retorno a Fórmula 1

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Depois de quase 20 anos desde a última vez que um motor Ford participou de uma corrida de Fórmula 1, a gigante norte americana está de volta.

A Ford entrou na F1 em 1960 com o motor DFV (Double Four Valve) desenvolvido em parceria com a Cosworth. O motor esteve presente em pouco mais de 250 corridas e embalou 155 vitórias entre 1967 e 1985, nas equipes Graham Hills e Lotus.

Motor DFV na Lotus de 1960 – Imagem: Fórmula 1

O motor Ford também foi a unidade motora da Benetton de Michael Schumacher em 1994. A marca é a terceira maior na história da F1, com 10 mundiais de construtores e 13 de pilotos.

Com a recém aprovada regulamentação de motores para 2026, que prevê unidades turbo híbridas com mais uso de eletricidade e combustíveis 100% sustentáveis, a Ford estará de volta no grid.

“A notícia de que a Ford está voltando para F1 a partir de 2026 é ótima para o esporte. Estamos animados em vê-los se unirem a uma automotiva que já está na Fórmula 1. A Ford é uma marca global com um legado no mundo automotivo e de corridas e eles enxergam grande valor na nossa plataforma que tem mais de meio bilhão de fãs ao redor do mundo”, declarou o presidente e CEO da F1, Stefani Domenicali.

“Nosso compromisso com Neutralidade de carbono até 2030 e a introdução de combustíveis sustentáveis nos carros de F1 a partir de 2026 foi uma das razões principais na decisão deles de entrar na F1. Nós acreditamos que o nosso esporte provê oportunidade e alcance como nenhum outro e mal podemos esperar para ver a logo da Ford nos circuitos icônicos da F1”, concluiu.

Benetton de Michael Schumacher com motor Ford em 1994 – Imagem: Fórmula 1

Para Bill Ford, Diretor Executivo da Ford Motor Company, a volta à categoria é o começo de um novo capítulo emocionante para a história que começou quando o bisavó de Bill, Henry Ford venceu uma corrida que ajudou a lançar a companhia.

“A Ford está voltando ao pináculo do esporte, trazendo a longa tradição de inovação, sustentabilidade e eletrificação para uma dos palcos mais visíveis do mundo”, enfatizou.

“Existem poucos fabricantes que tem um história tão ilustre no esporte a motor como a Ford possui, e ver eles voltarem ao Campeonato Mundial FIA de Fórmula 1 é uma excelente notícia”, destacou o presidente da FIA Mohammed Bem Sulayem.

E para este retorno, a Ford será parceira da Red Bull, trabalhando especificamente coma divisão responsável pelos motores, a Red Bull PowerTrains. E a partir deste ano as duas vão trabalhar juntas no desenvolvimento da nova geração de motores da F1, que estará presente na categoria a partir de 2026 e até, pelo menos, 2030.

“O retorno da Ford à F1 com a Oracle Red Bull Racing é sobre a trajetória criada pela nossa companhia, com veículos cada vez mais elétricos e definidos por software. E a F1 vai ser uma plataforma de custo eficiente para inovar, compartilhar ideias e tecnologias, além de engajar com milhares de novos clientes”, comentou o presidente e CEO da Ford Motor Company, Jim Farley.

Já para a Red Bull a nova parceria significa o encerramento da longa jornada com a japonesa Honda.

A parceria da RBR com Honda teve início em 2018 – Imagem: Fórmula 1

“Temos uma ótima relação de trabalho, eles são uma companhia excelente, e estaremos usando a Honda até fim da atual regulamentação em 2025. Desejamos sorte para eles a partir de 2026, mas por enquanto vamos continuar trabalhando para continuar o sucesso que tivemos até aqui”, disse Christian Horner, chefe da equipe Red Bull Racing.

O diretor global da Ford Performance Motorsports, Mark Rushbrook, explicou que o processo de retorno à F1 começou a mais de dois anos atrás, e houveram conversas com múltiplas equipes, antes da escolha da RBR.

“Com a Red Bull rapidamente transpareceu o que eles estavam buscando em um parceiro é algo que nós podemos fornecer e o que nós estávamos procurando também é algo que eles podem trazer. Tudo progrediu rapidamente na segunda metade de 2022 e desde começo sabíamos que era a parceria correta”, contou Rushbrook.

Mark Rushbrook junto a Christian Horner e os pilotos da RBR no evento de lançamento do RB19 – Imagem: Red Bull Racing

As operações da Red Bull PowerTrains vão continuar na unidade de Milton Keynes, mas agora com novos recursos trazidos pela Ford, incluindo a mudança de funcionários da americana para a fábrica na Inglaterra. E os novos motores terão a marca Red Bull Ford.

Rushbrook também destacou que o crescimento da categoria nos EUA foi fator fundamental na decisão da empresa.

“É ótimo ver mais corridas nos Estados Unidos, e ainda mais três corridas em regiões diferentes do país. Eu estive em COTA ano passado e foi fantástico. Nunca tinha ido a uma corrida antes. A atmosfera é fantástica, o número de fãs presentes, a paixão desses fãs, para nós é importante fazer parte disso”, finalizou.

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