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Fórmula Indy

Deu Homem América! Deu Penske! A 107° Indy500 é do bicampeão Josef Newgarden!

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Newgarden

Newgarden, contra todas as probabilidades, vence pela primeira vez as 500 milhas de Indianápolis.

O piloto Penske se quer estava sendo cogitado para vencer a Indy500; à primeira vista Power era o melhor da equipe, entretanto, a 107° edição do maior espetáculo do automobilismo mostrou-se mais uma vez traiçoeiro.

“Todo mundo ficou me perguntando por que eu não venci esta corrida”, disse Newgarden.”Eles olhavam para você como se você fosse um fracasso se você não ganhasse. Eu queria muito ganhar. Sabia que podíamos. Eu sabia que éramos capazes. É um esforço de equipe enorme, como todos sabem. Estou muito feliz por estar aqui.”, completou.

A pista escolhe quem corre

Em outras palavras: Rahal foi o primeiro a provar do caos.
O piloto que fora bumpado e retornou pela DRR sofreu com uma pane antes mesmo da largada.
Os mecânicos conseguiram colocar Rahal de volta na corrida, duas voltas atrás do líder, mas ainda na corrida. Neste ínterim, Palou e Veekay se revezavam no P1.

Eventualmente mais falhas mecânicas foram aparecendo e desta vez Scott Dixon, hexacampeão da categoria, sofria com um pneu defeituoso e a asa traseira solta.

O neozelandês manteu-se na pista ainda que perdendo posições para seguir sua estratégia inicial.

A primeira janela de pit-stop foi aberta na 27° volta; A raposa foi a primeira a entrar no boxe e realizar a troca de pneus e um aperto na asa. Dixon imediatamente recuperou o ritmo e seu engenheiro agradeceu-o no rádio por “segurar as pontas”.

O grid enfim se dividiu: metade entrou nos boxes na volta 27 e metade na 32. Katherine Legge entrou em ambas.

Após sair do pit-boxe, Legge rodou sozinha e por pouco não atropelou o mecânico de outra equipe; A piloto permaneceu no pit e precisou trocar peças.

Infelizmente Legge retornou 13 voltas atrás do líder e pouco depois abandonou a prova. Ela esclareceu em entrevista que seu problema era na coluna de direção.

Nesse meio tempo Will Power, que largara em 12° a ganhara mais de 5 posições até esse ponto da corrida, começou a reclamar do weight jacker*. O restante da prova não foi fácil para Power e um dos favoritos não chegou a disputar a vitória.

*Weight Jacker é uma mola que levanta e abaixa a traseira do carro, disponível apenas em ovais.

Estratégias e amarelas

Se Palou e Veekay estavam revezando a primeira posição sem acordo algum, Pato e Rosenqvist, companheiros de equipe, passaram a realizar o mesmo com tranquilidade. Mas não por muito tempo.

Sting Ray Robb foi o primeiro a bater na prova, sendo o causador de um espetáculo caótico no pit-stop que veio a seguir.

Os pilotos saíram se esbarrando e Veekay, evitando contato com outro carro, jogou Alex Palou para o muro.

Por consequência Veekay foi punido e nessa loucura toda, Ilott se tornou o líder.

A relargada trouxe uma montanha-russa de emoções! Chegando à metade das 200 voltas os pilotos abriram mão da passividade.

Presenciamos um 4 wide e teve uma ultrapassagem impecável pela grama protagonizada por Tony Kanaan.

Por fim mais um ciclo de paradas foi instaurado no grid e o entretenimento da vez veio da equipe Andretti.

Herta foi liberado ao mesmo tempo que Grosjean entrava em seu pit-boxe resultando em um encontrão. Colton foi quem levou uma punição pela saída perigosa.

Tempos depois Grosjean acionou a segunda amarela batendo, também, sozinho.

Vale tudo

30 voltas para o final e os nervos se alteram de imediato, aqui não há previsão apenas a certeza de que qualquer coisa pode acontecer. E aconteceu.

Uma parte do grid havia parado na amarela causada por Grosjean, outra parte não. Agora havia mais um ciclo de parada e as estratégias definiriam o jogo.

Ferrucci que se manteve ao longo da corrida entre os primeiros e até mesmo liderou a prova, sofrera com um pit problemático: seu pneu atravessou a linha de pit-boxe.

O piloto por sorte recebeu apenas um alerta e uma multa; ainda estava na competição.

Enquanto isso, Pato O’ward se encaminhou para sua última parada, uma surpreendentemente veloz. Patrício retornou à pista em terceiro lugar, à frente de Newgarden.

Pato ultrapassou Rosenqvist e Ericsson, roubando a liderança e antes que os demais condutores pudessem atacá-lo, Rosenqvist bateu e ao rodar encontrou Kyle Kirkwood.

A pancada entre os dois fez com que o pneu de Kirkwood levantasse voo em direção as arquibancadas e o carro do mesmo capotasse.

A bandeira amarela logo foi substituída pela vermelha.

Ninguém fora atingido pelo pneu, exceto um carro no estacionamento. Kirkwood estava bem, apenas pedia para ser retirado do carro. Rosenqvist também saiu sem danos.

Vermelha atrai vermelha(s)

De maneira inesperada, o TOP10 continha Alex Palou (sexto), Dixon (oitavo) e Herta (décimo), pilotos os quais muitos declararam corrida perdida, mas, que após experimentarem toda a confusão que Indianápolis poderia proporcionar, se recuperaram.

E faltando 9 voltas para o fim da grandiosa Indy500, os pilotos receberam bandeira verde! Que não durou muito.

Ericsson e Newgarden se colocaram de lado e Pato O’ward fora engolido. O mesmo ao tentar retomar sua posição acabou rodando.

“Eu só acho que fui um pouco legal demais ali. […] Da próxima vez, vou garantir que ele irá junto comigo comigo. Fui espremido. Não vou esquecer essa” – Pato O’Ward falando sobre Marcus Ericsson depois do acidente.

Onde há fumaça há fogo.

Após a batida, Patrício foi acertado por Canapino que vinha com um pneu furado, resultado de uma batida que ocorrerá no meio do pelotão ao mesmo tempo que os líderes se matavam na frente.

A confusão encontrou outros nomes: Mclaughlin e Pagenaud. E isso é sinônimo de bandeira vermelha.

Os pilotos largariam mais uma vez, mas faltando apenas 5 voltas para o fim.

Ed Carpenter e Pedersen encontram o caminho do muro e mais uma vermelha foi chamada.

Uma volta! Era tudo que Newgarden tinha para ultrapassar Marcus Ericsson, vencedor da 106° Indy500.

E foi nesta uma volta que Josef Newgarden confrontou Ericsson, ultrapassou e ganhou.

“Acho que fizemos tudo certo hoje”, disse Ericsson. “Estou orgulhoso da equipe número 8 e de todos na Chip Ganassi Racing. Acho que fiz tudo certo ao volante. Fiz um último recomeço incrível. Acho que peguei Josef completamente desprevenido, consegui a diferença e mantive a liderança na curva 1.

“Eu simplesmente não conseguia segurá-lo nas costas. Estava liso. Eu simplesmente não conseguia segurá-lo.”

Homem do povo

Newgarden pulou do carro e correu para a multidão para comemorar sua primeira vitória em Indianápolis, a 19° da equipe Penske.

Após sumir no meio do contente público, Josef ressurgiu para enfim celebrar com a equipe e sua esposa e filho na linha de largada do Yard Of Bricks.

“Eu estava apenas tentando ficar trancado”, disse Newgarden. “Fiquei emocionado nas últimas 10 voltas porque sabia que estávamos em posição de lutar por essa vitória no final. Sabia que não ia ser fácil. Eu sabia que chegaria a algum tiroteio de última volta, como sempre é nos dias de hoje, o que é emocionante, mas estressante para nós.”

Newgarden

Te vejo em breve, Tony

O brasileiro Helio Castroneves perdeu velocidade e se encaminhou aos boxes com problemas similares aos de Dixon no início da prova, todavia restaurou-se chegando até a liderar a prova, por fim alcançou o décimo quinto lugar.

Tony Kanaan encerrou sua última Indy500 logo atrás de Helinho, em décimo sexto.

Tony estreiou no Indianápolis Motor Speedway em 2002 e conquistou seu primeiro título em 2013, como havia prometido ao seu falecido pai.

TK anunciou sua despedida da IndyCar em feveiro deste ano, 2023, emocionando a todos, porém sua partida não fora triste! Tony trouxe alegria, simplicidade e aproveitamento em cada sessão de treino, relembrando seu tempo na categoria.

Uma só nostalgia para o próprio, seus companheiros e para os fãs, velhos e novos, que nutrem grande carinho por essa história.

Resultado

Newgarden

Com 52 trocas de liderança e 14 líderes diferentes, a 107° edição das 500 milhas de Indianápolis detém o terceiro maior total da história, além de marcar 518 ultrapassagens.

Simplesmente espetacular, caótico e imprevisível mais uma vez.

A NTT IndyCar Series retorna no dia 4 de julho, domingo, para estrear um novo circuito de rua no Grande Prêmio de Detroit.

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