Fórmula 1
Carômetro da F1: Carlos Sainz

O espanhol tem o desafio de colocar a Williams na frente
Para Carlos Sainz Jr, a velocidade está no sangue. A paixão pelo esporte a motor veio do pai, o bicampeão mundial de Rali (WRC), Carlos Sainz.
Mas Sainz optou pelas pistas ao invés das trilhas e estreou no kart aos 11 anos de idade. E aos 14 conquistou o título Ásia-Pacífico de KF3 e ficou em segundo lugar no Campeonato Espanhol. No ano seguinte foi campeão da Junior Mônaco Kart Cup e vice-campeão do Campeonato Europeu de KF3.
A começo nos monopostos
O debut nos monopostos veio em 2010, quando o espanhol competiu na Fórmula BMW pela equipe Euro International. Ainda em 2010 ele foi escolhido para fazer parte do programa junior de pilotos da Red Bull. Na temporada seguinte, Sainz pulou para a Fórmula Renault com a Korainen Motorsport, e com dez vitórias foi campeão da Copa Europa do Norte.
Já em 2012 ele avançou para a Fórmula 3 Europeia com a Carlin e terminou o campeonato em quinto lugar, com uma vitória em Spa-Francorchamps. Em 2013, Sainz foi para a Fórmula Renault 3.5, onde defendeu a DAMS por duas temporadas. No ano seguinte, venceu o campeonato, com sete vitórias e sete pole positions, batendo o francês Pierre Gasly.
Pouco depois, em novembro de 2014 ele foi anunciado pela Toro Rosso (atual VCARB) para o debut na Fórmula 1, ao lado de Max Verstappen. Em sua primeira temporada o espanhol conquistou 16 pontos e foi o 15º colocado.
Sainz defendeu a Toro Rosso por mais duas temporadas, mas ao final de 2017 ele deixou a equipe de Faenza e fez as últimas quatro corridas do ano já pela Renault e terminou em nono lugar no campeonato.
Mudança e recomeço
Porém, a estadia na Renault durou apenas uma temporada. E em agosto de 2018 ele foi anunciado pela McLaren para substituir o próprio ídolo, o espanhol Fernando Alonso que estava se aposentando.
Apesar de a primeira corrida com a equipe britânica ter terminado prematuramente por um problema no motor Renault usado pela equipe, o ano de 2019 ficou marcado pelo primeiro pódio do espanhol na F1, um terceiro lugar no Grande Prêmio do Brasil (atual GP de São Paulo). Carlos encerrou a temporada na sexta colocação. Ele permaneceu na McLaren para a temporada 2020, e ficou muito perto da primeira vitória no GP da Itália, ele foi o segundo colocado, atrás de Gasly.
Entretanto, no meio da temporada Sainz já tinha uma nova equipe para 2021, foi escolhido pela Ferrari para ser o companheiro de Charles Leclerc, e substituir Sebastian Vettel que estava de mudança para a Aston Martin.
Jornada na Ferrari
Na equipe de Maranello ele foi fundamental para a conquista do terceiro lugar no mundial de Construtores de 2021, terminando em quinto lugar no campeonato de pilotos. O espanhol esteve no pódio quatro vezes naquele ano, foi segundo no GP de Mônaco e terceiro na Hungria, Rússia e Abu Dhabi, terminou entre os 10 primeiros em 20 das 22 corridas, com a impressionante marca de 15 corridas seguidas no top 10.
Mas foi em 2022 que Sainz chegou ao topo do pódio, ao vencer o Grande Prêmio da Inglaterra. Aliás foi um final de semana histórico para o espanhol, já que no sábado ele garantiu a pole position e no domingo veio a tão sonhada primeira vitória na Fórmula 1.
Apesar de problemas com o motor, a falta de confiabilidade do F1-75 e as falhas de estratégia, Carlos ficou em quinto lugar no mundial de pilotos e a Ferrari foi segundo no campeonato de construtores. Assim, a parceria entre Sainz e a turma de Maranello foi estendida para até o final de 2024.
Entretanto, 2023 ficou abaixo do esperado tanto para o piloto quanto para a equipe. Sainz chegou ao pódio três vezes e venceu o Grande Prêmio de Singapura. E terminou a temporada em sétimo.
Uma nova era
Na contramão, 2024 foi um ano muito melhor para a Ferrari. E Sainz venceu duas corridas e subiu nove vezes ao pódio. Porém, antes mesmo do começo da temporada, o espanhol já havia perdido a vaga na equipe de Maranello. A Scuderia anunciou a contratação de Lewis Hamilton em fevereiro de 2024.
Apesar de muitos rumores, idas e vindas nas negociações, Carlos escolheu a Williams para seguir na F1. Agora, ao lado de Alex Albon, ele tem a missão de buscar mais pontos. E quem sabe um pódio para a equipe britânica, que ainda busca reviver seu passado de glórias.