Ad10s, Don Diego Maradona!

Maior jogador da história da Argentina, ídolo mundial Diego Maradona morre aos 60 anos de idade. Mas Dieguito será sempre imortal!

Irreverente, polêmico, genial, único. São várias formas de defini-lo. Mas talvez a que mais representa é a palavra LENDA. Diego Armando Maradona Franco nasceu em um bairro de periferia ao sul de Buenos Aires e com seu dom de bailar nos campos conquistou o mundo. E muito mais que isso.

Maradona se tornou a imagem, referencia de um país que exala o patriotismo. Sem papas na língua, sem pensar em nenhuma consequência ele falava e agia como lhe convinha, mas nunca escondendo o amor e orgulho que tinha de ser argentino. Colecionou assim admiradores, fãs, devotos.

Para os amantes do futebol, Maradona representava tudo àquilo que significava amor ao clube, à seleção, ao esporte. Figurinha carimbada nos jogos do seu time do coração, o Boca Juniors, Don Diego pulsava e vivia a Bombonera como um torcedor comum, mas ele não tinha nada de comum.

Aquele baixinho de 1,65m fazia o inferno nos gigantes zagueiros que enfrentou. O maior jogador de sua época, um dos maiores da história (para os argentinos, o maior). Maradona foi um 10 completo, foi um jogador completo. Veloz, habilidoso, inteligente, mágico, imprevisível.

Saiu da favela, fez a Argentina temer o modesto Argentino Juniors, se tornou o maior ídolo da torcida mais temida da América, voou para a Europa para chegar ao gigante Barcelona, mas foi em outro time modesto, no Napoli da Itália, que Maradona realmente mostrou ao mundo que ele não veio para essa terra para ser apenas mais.

No pequeno time do sul da Bota, El Pibe de Ouro conseguiu o que muitos imaginavam impossível. Desbancou o trio de gigantes Milan, Juventus e Internazionale, levou dois Scudettos e ainda uma Copa da Uefa.

Pela seleção, Maradona ganhou sozinho o Mundo em 86, no México. Ou seria com a Mão de Deus? Que seja. Maradona era tão único que fez de um gol irregular e polemico uma imagem icônica que até hoje é lembrada pela irreverência do 10 argentino. Mas não foi somente de malandragem que viveu Diego nessa Copa. Foi também no México que Maradona fez, também contra a Inglaterra, o mesmo algoz do ao de La Mano de Dios, que Don Diego fez o gol mais bonito da história das Copas, quissá da história do futebol.

Gol com a cara de Maradona, com a marca do baixinho que encantou todos. O passeio pelo campo conduzindo a bola desde a defesa, sem dar chance a nenhum marcador de ao menos sonhar em roubá-la. Impossível. Imparável. Maradona era um artista inigualável nas quatro linhas.

Mas sua personalidade forte também o atrapalhou muito dentro e fora de campo. Prisões, brigas, dopping. Diego nunca foi um santo, mas era um Deus. Um Deus no universo do futebol. Porém o seu lado humano era inconsequente e isso abreviou sua vida.

Aos 60 anos, a lenda nos deixa. Estamos órfãos de um dos grandes nomes do esporte que tanto amamos. Diego Maradona se foi, perdeu a luta para as drogas, os vícios, os abusos. Mas seu legado e sua imagem sempre estará presente para aqueles que assim como ele vivem o futebol de maneira genuína.

Gracias, Hermano! Que a mão de Deus, aquela mesma que te levou ao topo Mundo em 86, te receba e o coloque no seu lugar de direito. Descanse em paz!