Rene Rosin, Piers Phillip e Jay Frye: tudo sobre PREMA Racing na América

Anunciada nesta semana, a equipe italiana, se juntará à Fórmula Indy a partir de 2025.

A Prema Racing tradicional equipe das categorias de base do automobilismo, faz sua expansão para a categoria norte-americana, um anúncio insigne para a marca.
Desde sua fundação em 1983, por Angelo Rosin, a Prema vem acumulando vários jovens talentos e abre espaço para mais alguns nomes crescerem com o novo acordo.

Reunidos nesta manhã de quarta-feira, 10 de abril, Rene Rosin, Piers Phillip e Jay Frye comentam a ida do time europeu para a categoria americana.

Moderador: O que torna a mudança para a INDYCAR a mudança certa no momento certo para você?

RENE ROSIN: Para a PREMA, estamos sempre em busca de novos desafios. Ter a possibilidade de competir aqui nos EUA, no campeonato mais importante das mais importantes equipes americanas, é algo que estamos muito orgulhosos e ansiosos no próximo ano. É um novo desafio para nós. Estamos sempre em busca de novas aventuras, novas possibilidades de expansão não só para nossos pilotos, mas também para mecânicos e engenheiros. Ter a oportunidade de crescer dentro da nossa estrutura e do nosso negócio é algo que sempre olhamos para frente.

Moderador: Jay, você trouxe cerca de quatro equipes desde 2020 que se juntaram à NTT INDYCAR SERIES. Como surgiu esse novo relacionamento?

JAY FRYE: É incrível. Você pensa no plano contínuo de cinco anos que implementamos em 2017. Um dos objetivos era recrutar equipes e proprietários de corrida novos e de elite, esse tipo de coisa. Obviamente, 80 campeonatos em 40 anos, isso é uma elite. Certamente estamos entusiasmados por tê-los. Temos conversado com eles nos últimos seis, oito meses. Trabalhamos no plano, deixamos que eles vissem como seria no futuro. Estamos muito entusiasmados por tê-los. Pelas minhas contas, serão 29 inscrições em tempo integral, então as coisas estão muito boas

Com 29 inscrições, Jay refere-se ao número de pilotos que devem competir na próxima temporada graças a participação da PREMA Racing.

“Há muito interesse na IndyCar”

Pergunta: Rene, você vê a INDYCAR como uma oportunidade especial para manter alguns dos talentos e trazê-los para a INDYCAR para continuar esse relacionamento?

RENE ROSIN: Esta é com certeza uma oportunidade que demos aos motoristas. É claro que o mercado do automobilismo pode oferecer oportunidades diferentes. Mas para os pilotos que vão atrás da Fórmula 2, uma das oportunidades, as vagas na Fórmula 1 são bastante limitadas. Ter a oportunidade de explorar o mundo INDYCAR também é algo a considerar e algo positivo. É algo que podemos oferecer aos nossos pilotos para continuarem a sua progressão e a sua aspiração ao profissionalismo.

Pergunta: Piers, você falou sobre sua experiência na INDYCAR. Quão emocionante é para você ter algo do nada que pode trazer algumas pessoas da Europa, da América, todo mundo se reunindo na PREMA?

PIERS PHILLIPS: É uma oportunidade emocionante, como mencionei antes. Acho que já conhecendo o Rene e sua equipe há algum tempo, o entusiasmo, a energia que emana deles, é inacreditável. Acredito que entrar como talvez ninguém mais tenha feito, não formamos uma equipe Indy Lights, não compramos ninguém, realmente colocamos nossa marca nisso desde o primeiro dia em que abrimos o workshop, é incrivelmente emocionante. Acho que ver isso se concretizar, na primeira corrida, na primeira vitória, ouso dizer, será uma jornada incrível para todos os envolvidos.

Pergunta: Piers, você obviamente tem uma ampla experiência na INDYCAR. Você viu algumas novas equipes que entraram na série. Quais você acha que são algumas das coisas mais importantes para ter sucesso, ser uma equipe de longa data na série?

PIERS PHILLIPS: Acho que o principal na minha experiência é compreender a cultura das corridas americanas porque é diferente da Europa. Tendo trabalhado nos dois lados do Atlântico, tendo tido sucesso em ambos os lados, você entende os pontos fortes. Mas as corridas são diferentes.

Acho importante que você entre e respeite o campeonato e respeite a série pelo que ela é, principalmente este lugar. Que instalação incrível para qualquer um vir e correr. Você precisa entender as diferenças culturais. Isso volta ao que eu estava falando antes: ser capaz de misturar o melhor dos dois mundos e acabar melhor do que todos os outros. Todas as equipes têm circunstâncias diferentes. Acho que começamos com uma base muito sólida com a PREMA, a experiência deles. Cabe a mim garantir que o guiaremos na direção certa e manter os olhos abertos e garantir que não cairemos em nenhuma das situações que as equipes anteriores caíram.

Pergunta: Foi dito que você pode tentar atingir um piloto experiente da INDYCAR e, em seguida, alguém que esteja atualmente em seu programa de desenvolvimento. Esse é o objetivo ou o formato que você está almejando agora ou ainda está em evolução?

RENE ROSIN: Se posso dizer com certeza, idealmente será bom ter pilotos experientes e, claro, um novato. Por outro lado, como PREMA, trabalhamos sempre com novatos. Maximizamos sempre o resultado. Não temos medo nem de ter dois novatos. Estamos realmente avaliando todas as oportunidades para maximizar o que é o nosso potencial. Acho que este é agora o próximo passo no qual dedicaremos a maior parte do nosso tempo juntos para construir as equipes da melhor maneira possível. Muito em breve teremos novidades.

Pergunta: Por que INDYCAR e por que você quis embarcar neste projeto agora?

RENE ROSIN: Eu acho, em primeiro lugar, por que INDYCAR? Como eu disse antes, é um grande desafio. É algo que amplia a nossa oportunidade de negócios em outro patamar, em outro continente. Queríamos sair da Europa porque, claro, alcançamos todas as categorias possíveis dentro da escala do automobilismo, exceto a Fórmula 1 na Europa, do kart à Fórmula 2.

Temos uma parceria técnica no Campeonato Mundial de Endurance e (indiscernível) DH. Isso é algo que procuramos expandir nossos limites para garantir que possamos criar um grupo global dentro de nossa entidade. Por que em 25? Claro que quando a PREMA entra em um campeonato, não é para entrar para ser só um número ou para ser alguém que faz parte dele, queremos fazer parte como protagonista, queremos fazer parte quando estivermos prontos para fazer alguma coisa. De 24 a 25 foi o momento certo para nós em termos de estruturas, todos os outros programas que estamos fazendo, para montar uma nova aventura aqui no USA.

Pergunta: Por que dois carros em tempo integral para começar uma série totalmente nova?

PIERS PHILLIPS: Essa é uma boa pergunta. É concentrar o esforço mais do que qualquer outra coisa. Há muita coisa para a PREMA entender. Obviamente o núcleo da equipe terá experiência e estou muito confortável com as pessoas que temos para isso. Sempre digo às pessoas que INDYCAR é provavelmente a série mais desafiadora do mundo. A diversidade das pistas, dos percursos de rua, das ovais. Cada percurso de rua, oval é diferente. Cada percurso rodoviário é diferente. Precisamos realmente nos aprimorar, concentrar nossos esforços e montar um programa competitivo o mais rápido possível.

Pergunta: Rene, você produziu alguns pilotos que se deram bem aqui, Marcus, Felix, Callum. Você conversou com alguns desses caras antes de vir aqui para iniciar um programa da INDYCAR?

RENE ROSIN: Honestamente, mesmo que comecemos a conversar com a INDYCAR nos últimos seis, sete meses, é claro que a discussão sobre a oportunidade de expansão para a América é algo que já está surgindo há mais de dois, três anos com algumas ideias, de discussão do curso. Ainda estamos em muito bom contato com todos esses ‘drivers’ que você mencionou. Acabamos de comemorar nosso 40º aniversário em dezembro. A maioria deles pôde se juntar a nós em Veneza em nosso evento. Estamos sempre muito próximos deles e com um relacionamento muito amigável com todos eles. Sempre conversamos juntos. Eles sempre dizem: Por que não vir para a América? Por que não fazer INDYCAR? Seria algo muito bom para você, muito bom para a equipe. Isso é algo que esperamos em 2025 agora.