Entre em contato conosco

Automobilismo

O Final de semana mais sombrio da Fórmula 1

Publicado:

em

o Grande Prêmio de San Marino de 1994 tirou a vida de 2 pilotos, entre eles o brasileiro Ayrton Senna.

Ímola, na Itália, traz arrepios na espinha aos amantes de Fórmula 1, e, principalmente nos brasileiros. O GP de San Marino de 1994, ficou marcado pelos acidentes gravíssimos, e fatais, que ocorreram durante todo aquele final de semana. Pergunte a qualquer pessoa que tenha mais de 30 anos onde ela estava e qual foi a reação dela ao ver a Willians FW16 de Ayrton Senna passar reto na curva Tamburello e bater com força na parede de pneus. O acidente fatídico tirou a vida do tricampeão mundial, herói nacional, e melhor esportista que o brasil já teve.

O acidente de Ayrton aconteceu no domingo, na corrida que ocorreu no dia 1° de maio de 1994, porém, o pior final de semana da história da Fórmula 1 havia começado na sexta feira, com os treinos livres. O primeiro treino livre do Grande Prêmio já contou com o primeiro grande acidente do final de semana, Rubens Barrichello decolou com sua Jordan na Variante Bassa a 225 Km/H e atingiu a barreira de Pneus e a tela de proteção e capotou. “Eu morri por seis minutos. Eu engoli a minha língua. Foram 90Gs, ou seja, 90 vezes 72 quilos.”

Foto: Getty Images

 

Em apenas 10 minutos, Rubinho já havia sido atendido e encaminhado por helicóptero para o centro médico do autódromo. O acidente de Barrichello, ironicamente, deixou Ayrton Senna assustado. Ao ver o acidente do até então vice-líder do campeonato, Senna pulou o muro do paddock e foi junto do empresário Geraldo Rodrigues ver a situação de Rubinho.

 

O acidente do piloto da Jordan, felizmente, não gerou ferimentos graves, apenas um nariz quebrado e uma luxação no braço direito; o que foi suficiente para tira o brasileiro do resto do final de semana de corrida na Itália.

 

No dia seguinte, o clima não estava agradável, os pilotos sabiam do risco da pista, e o acidente de Rubens Barrichello mostrava isso. Mas os ares em Ímola piorariam drasticamente naquele sábado de 1994. Durante os treinos livres de sábado, o austríaco Roland Ratzenberger, piloto da Simtek, bateu forte na curva Villenueve.

 

Na volta anterior ao acidente, o piloto havia danificado a asa traseira de seu carro, o que fez com que ela se desprendesse do carro durante a hot lap de Ratzenberger. Segundo o portal Grande Prêmio, o impacto causou uma fratura basal craniana no piloto, que foi levado às pressas até o Hospital Maggiore de Bolonha.

Foto: Getty Images

 

8 minutos após o resgate do piloto, a notícia da morte de Ratzenberger chegava ao autódromo.

 

O clima que já era péssimo em Ímola, tinha se tornado terrível no sábado. A perda teve grande repercussão entre os pilotos que cogitaram não participar da corrida de domingo. A ideia de boicotar a corrida de 1° de maio veio do chefe da equipe médica da Fórmula 1, Sid Watkins, que buscou a ajuda de Senna para realizar o boicote. O chefe da equipe médica também revelou que o piloto brasileiro era um dos mais abalados com a morte do colega de profissão.

 

A tentativa de cancelar a corrida não deu certo, e a corrida aconteceu. Logo na largada, outro acidente, a Bentetton de JJ Lehto não largou, e Pedro Lamy, piloto da Lotus acertou em cheio sua traseira. A batida fez com um pneu se soltasse e rumasse em direção aos espectadores, acertando 4 torcedores.

 

O acidente causou um Safety Car, que ficou na pista até a quarta volta. Senna era líder, mantinha a vantagem de ter cravado a pole position. No início da sétima volta, Ayrton perdeu o controle do carro e passou reto na curva Tamborello. O impacto da Willians de Senna foi tão forte que quase jogou o carro do brasileiro de volta a pista. Bandeias vermelhas logo foram agitadas em todo o circuito, e a equipe médica foi deslocada para o local do acidente. Ayrton esperou dois minutos por socorro.

 

Os que assistiam a transmissão tiveram um momento de alívio. Uma câmera de tv flagra Senna mexendo levemente a cabeça, todos pensaram que o movimento de Ayrton seria um indício que ele estava bem. Estavam enganados, o brasileiro movimentou a cabeça em decorrência do extenso dano cerebral que o piloto sofreu na batida. Ainda na pista, Watkins constatou que o piloto havia perdido massa encefálica e realizou uma traqueostomia em Senna, que sofreu uma parada cardíaca.

 

Imediatamente, um helicóptero levou Ayrton até o Maggiore. Lá, ele recebeu uma transfusão sanguínea. Porém, poucas horas depois, sua morte cerebral foi anunciada.

 

No carro de Senna, como mostra Andrew Longmore no livro ‘Ayrton Senna: The Last Hour’, foi encontrado uma bandeira da Áustria — que seria uma forma do piloto brasileiro homenagear Roland Ratzenberger.

Foto: F1live.com

 

Ayrton Senna da Silva, o Herói, ídolo e gênio brasileiro nos deixou com 34 anos, e deixou para o automobilismo e para o Brasil um legado que jamais será esquecido. Senna eterno.

Compartilhe esta publicação
Clique para Comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.