Notas sobre o encerramento da Fórmula 4

A primeira temporada da Fórmula 4 chegou ao fim. Interlagos, o templo do automobilismo brasileiro, foi responsável por fechar o primeiro ano de uma categoria promissora. Como ideia para a revelação de novos talentos, a F4 é algo a se comemorar. Não é pouca coisa dirigir um monoposto em um campeonato regulamentado pela FIA.

O ato final da F4 foi dividido em três partes. Na corrida 1, vitória de Felipe Barrichello. Após uma boa disputa com Vinícius Tessaro, o sobrinho de Rubens Barrichello conquistou mais uma vitória na temporada. “Estou muito feliz! É incrível! Já realizei o sonho de andar aqui nessa temporada, e agora é outro sonho. Ganhar em Interlagos é algo que não tem como explicar. A ficha ainda não caiu, talvez só caia segunda-feira, mas estou muito feliz”, vibrou o jovem piloto.

Na corrida 2, deu mais um Barrichello: desta vez foi Fefo a vencer. O filho do bom e velho Rubinho segurou a pressão do talentoso Tessaro e subiu no alto do pódio para grande emoção do seu pai. “Todas as vitórias são muito especiais. Não estávamos muito competitivos nessa prova, e largar de primeiro é sempre uma pressão a mais. Foi muito mais sofrida, e essa aqui é para meu pai, que está tentando o título, para dar uma força para ele ser campeão. Só queria dedicar para minha família, minha mãe, meu irmão, o Nic [Giaffone], que é meu melhor amigo, e viver esses momentos com ele é indescritível. É um sonho se tornando realidade”, disse.

Um final de semana especial para a família Barrichello na F4. Pareceu até uma prévia do que viria logo mais com o bicampeonato da Stock Car do interminável Rubinho. Passado e presente estão unidos na paixão pelo automobilismo.

Na corrida 3, que aconteceu no domingo, a vitória foi de Lucas Staico. O jovem piloto largou na ponta, soube ter cabeça para manter a posição e não perdeu a dianteira. De quebra, ficou com o vice-campeonato, posição mais que honrosa e que coroa uma boa temporada.

O campeão Pedro Clerot recebeu o troféu de campeão em Interlagos. Com apenas 15 anos e muito talento, o brasiliense fez a festa no templo do automobilismo nacional. “Foi uma temporada de altos e baixos pra gente. Foi muito melhor que imaginava, construímos uma jornada incrível com a Full Time. O ano fala por si só, com sete vitórias, 11 pódios, enfim… Campeão com quase 300 pontos, então estou muito feliz com essa conquista”, disse Clerot.

Que venham mais e mais histórias e talentos na Fórmula 4 nos próximos anos.