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Automobilismo

30 anos sem Ayrton Senna parte #1: Heróis não morrem

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O próximo primeiro de maio não será um feriado qualquer, tampouco lembrado pelo dia do trabalho – ao menos por nós, brasileiros. Desde 01/05/1994, o Brasil recorda esse dia com dor, tristeza, saudade e orgulho. É o dia em que Ayrton Senna da Silva entrou no seu carro para a sua última corrida, incompleta e estúpida corrida, pois ele nunca mais voltou da Tamburello. Vale a lembrança: morreu em primeiro. (militantes trabalhistas que não venham torrar a minha paciência, aqui é uma coluna sobre Fórmula 1).

Muito será dito nos dias que cercam os trinta anos da morte de Ayrton Senna, e falar de alguém que eu não vi e cuja trajetória já havia sido encerrada neste mundo é tarefa complicada. Suas corridas estão aí pela internet, as matérias feitas sobre o ídolo, fotos dos momentos marcantes… Enfim, a marca do ídolo é vista por toda parte. Isso me permite ter um pouco de propriedade para não dizer bobagens, afinal, sou um apaixonado pelo esporte a motor. E é impossível amar o automobilismo sem – no mínimo – gostar de Ayrton Senna.

O piloto fala por si: três títulos mundiais, 41 vitórias, 65 poles, 80 pódios e 19 voltas mais rápidas. São marcas que atestam a genialidade de um piloto ímpar cuja agressividade era a sua marca registrada. Senna guiava no fio da navalha como guiam os gênios da F1 e não hesitava em dar o bote quando a oportunidade da ultrapassagem aparecia. Por essas e outras que ele continua sendo o melhor piloto de todos os tempos para muita gente, e aqui não se trata de reavivar uma discussão interminável como essa, mas de constatar um fato: pilotos, jornalistas e amantes do automobilismo colocam Senna como número 1.

Há muito o que falar acerca dos fatos e acontecimentos da sua carreira. Senna foi além de um esportista bem-sucedido como tantos outros que o Brasil teve. Ele virou o ídolo de uma nação com pouquíssimos motivos para ter alegrias, e ainda que isso pareça clichê ou lugar-comum, não deixa de ser verdade. Ou já se viu algo semelhante com outro atleta como aquilo que a torcida fez no Grande Prêmio do Brasil de 1993? Como explicar tamanha empolgação por um piloto cuja carreira era protagonizada em solo europeu – era uma F1 quase 100% europeia com poucas pistas em outros continentes – e só se via pela televisão?

Pois bem, cá estou a falar de alguém que nos deixou há 30 anos. Antes de qualquer interesse pelo automobilismo, eu já conhecia o seu impacto na memória nacional e sabia quem ele era para muita gente. Como diria José Bonifácio de Andrada e Silva, apenas os homens ordinários morrem, heróis não. O nosso pai fundador fazia referência a Dom Pedro I, o homem responsável pela independência brasileira e que – vejam só – também morreu precocemente.

Ayrton Senna certamente não foi um homem ordinário. Sua existência continua a ser relembrada por nós. E por isso mesmo eu farei uma série de textos recordando fatos, vitórias e conquistas deste ídolo nas pistas e fora delas.

 

Foto: NELSONL/ Agência Senado

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