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Luta

Começo de ano desastroso para o “time ideal” de Levir.

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Acabou a paciência! A torcida do Galo merece no mínimo
respeito, e o que esse time mostra em campo a cada jogo foge de qualquer mínimo
esboço de definição de respeito. Falta vontade, falta entrega, falta tesão em
querer a vitória em campo. O que se vê hoje é um time que se entrega facilmente
a qualquer adversário, não demonstra o menor poder de reação, mais parece um
amontoado de jogadores que dão a impressão de que nunca atuaram juntos antes.
Qualquer time de várzea que disputou a Copa Itatiaia 2019 é mais organizado e
padronizado que o Galo de Levir Culpi.
A noite dessa quarta-feira era de vida ou morte para o clube
alvinegro no torneio mais importante do continente. Enfrentar o líder do grupo
fora de casa com a obrigação de pelo menos empatar para não afundar as chances
de classificação à próxima fase não seria a tarefa mais simples do mundo, mas
também longe de ser impossível. Bastava o Galo jogar 10% do que tem condições que
sairia de Assunção com um bom resultado. E por incrível que pareça o time começou
mostrando que estava na disputa, dando eesperanças à torcida.
Bem postado na defesa, compactação funcionando quase que
perfeitamente, sem muitos espaços para o adversário. Apesar de alguns erros
individuais, como um passe de Adilson dentro da área que quase resultou no
primeiro gol do confronto, o Galo estava melhor em campo. E abriu o placar aos
18 minutos com Ricardo Oliveira, em jogada que começou com roubada de bola de
Cazares, passou por Luan que deixou o artilheiro livre para marcar de dentro da
pequena área. O resultado era um sonho para o torcedor, que via o time entrar
de vez na briga pela classificação.
Oliveira abriu o placar para o Galo.
Foto: Norberto Duarte/AFP.

O tombo do sonho foi doloroso. Um apagão total do time. Em 13
minutos tudo virou de cabeça para o ar. Quem foi prepara seu prato de janta, ou
atender a visita inesperada no portão após os 30 minutos do primeiro tempo,
quando retornou à frente da TV com certeza não entendeu o que estava
acontecendo. Para quem assistiu, a dúvida foi a mesma: qual o nome do ciclone
que passou por cima do Atlético nesse período??? Assistindo aos lances saindo
com tanta naturalidade, comecei a ver um filme passar na minha cabeça. Me veio
a voz de Galvão Bueno narrando o 7×1. “Olha eles de novo”. Parecia jogo de
profissionais contra o time sub-12 do Galo. Atuações de time de várzea por
parte de vários jogadores, em grande maioria dos mais experientes. O jogo foi
tão ridículo do time que dá para separar as críticas individuais e coletivas,
porque nenhum dos dois funcionou no Paraguai.
Que o goleiro Victor tem problema em cobrança de falta, não
é segredo para ninguém. Montagem de barreira, posicionamento nunca foram o seu
forte. No gol de empate do Cerro nesta quarta, a culpa não recai muito sobre
ele. O desvio no meio da barreira dificultou muito seu tempo de reação. A discussão
pode se valer se era melhor ter se posicionado mais ao canto direito do que
propriamente atrás da barreira que ele montou. Mas ainda assim era mais
complicado por conta do desvio. O gol da virada não tem desculpa. Finalização de
muito longe. Defesa abriu? Tudo bem. Mas a bola veio de muito longe, não foi
tão no canto, muito menos no contrapé. Tempo de reação quase nulo. Bola muito defensável.
O time já tinha demonstrado sentir o golpe do empate, com a
virada e a pressão da torcida paraguaia, a bagunça tomou conta do lado
alvinegro. Pergunta rápida para qualquer apreciador de futebol: qual atitude
tomar quando se tem a bola dominada na sua própria área, mas com o ataque adversário
inteiro pressionando a saída? Dar um chutão para o meio campo? Bico para
lateral? Ou tentar trocar passe dentro da área? Fábio Santos. Experiente lateral
esquerdo, 33 anos. Bicampeão da mesma Libertadores e do Mundial de Clubes. Vive
uma fase terrível. Tão ruim que na terceira rodada, em partida realizada no
Mineirão, foi do céu ao inferno e assumiu ao fim do jogo que era acertar o pênalti
da virada ou então não saía do estádio. Não aliviou a pressão para cima dele. Vem
de atuações seguidamente muito abaixo do esperado, falhas na marcação, ineficiência
no apoio. Mas como não tem um reserva a altura, parece estar acomodado mesmo
com esse momento pífio. No lance citado acima, escolheu a pior opção, e
executou com maestria e resquícios de crueldade com o torcedor. Além de
entregar a bola para o adversário na entrada da pequena área, ele ainda
assistiu ao desenrolar do lance totalmente imóvel, como se fosse um arbitro de
fundo de campo que tem visão privilegiada de tudo e ajuda em nada. A reação
dele a seu erro, a má vontade que demonstrou em tentar consertar a “pixotada”
foi a gota d’água. O mega contestado Patric hoje merece mais ser o titular
deslocado na esquerda do que o atual camisa 6. Erros assim não tem a mínima explicação
para um cara tão rodado. Isso não tem perdão. Não há mais condições de clima e paciência
da torcida que mantenha Fabio Santos titular no time.
O quarto gol do Cerro foi um misto de erros: coletivo,
individual, emocional, técnico. Tudo deu errado. Um chutão da defesa totalmente
despretensioso. Igor Rabello estava na jogada, disputaria ou ganharia do atacante
paraguaio. Uma voz divina foi no ouvido do Victor dizer para ele completar a
noite em grande estilo. Uma saída do gol que na pelada de amigos do Twitter que
disputo uma vez por mês nunca imaginei presenciar aconteceu vindo do “maior
goleiro da história do Galo”. Victor tem história, é ídolo, foi importante em
outrora. Inegável. Mas é outro que atravessa uma fase não dá nem para falar
nebulosa, porque já está em um nível pesadíssimo. Ou se morre como herói, ou
vive-se o bastante para se tornar o vilão. Essa frase do filme Batman – O Cavaleiro
das Trevas, talvez seja o melhor para definir a carreira de São Victor no
Atlético. Para que não jogue tudo que conquistou com a equipe, todo o seu
respeito que ainda existe na torcida, está na hora de dar adeus. Falhas acontecem,
são normais. Mas não podem ser esquecidas e deixadas de lado por conta da história
do jogador com o clube. Victor vem falhando mais que o normal, e tem parte da
torcida que o blindam de qualquer crítica ou cobrança pela importância que ele
tem. Para o seu bem, e para o bem do Atlético, o melhor seria que seu ciclo
terminasse. Antes que toda sua história vá junto.
“Não há nada tão ruim que não possa piorar”. Como se já não bastasse
o resultado humilhante e a atuação medíocre da equipe, veio a coletiva de Levir
Culpi. Ah Levir, seria cômico se não fosse trágico ouvir tanta coisa absurda em
20 minutos de conversa com os jornalistas. Depois de sofrer para virar contra o
lanterna do grupo, veio uma goleada sem dó. E Levir Culpi afirma que o time “evolui
de forma satisfatória”, que “não viu falhas grotescas nos quatro gols do Cerro”
e que “as críticas são exageradas e atrapalham o desenvolvimento do time”.
Levir, em que universo paralelo o senhor vive? Com todo respeito, o senhor
acredita mesmo nessas coisas que fala nas coletivas? Porque se for verdade, o
problema é muito maior do que imaginávamos. Time sem jogada, sem ambição, sem
formação, sem padrão. Não tem nada que se assemelha a um rabisco de time
profissional de futebol. O SENHOR NÃO TREINA O TIME DOS AMIGOS CASADOS DO
“PEREIRINHA”. O senhor teve a capacidade de confundir o nome do adversário por
duas vezes na coletiva. Disse que temos vantagem na final do campeonato
GAÚCHO?????? Levir Culpi, só uma dica: o senhor trabalha no Clube Atlético
Mineiro. MINEIRO. M I N E I R O. Não pode ser verdade que vai para coletiva após
um resultado desses dizer que o time evolui. Evolui para chegar onde? Temos uma
decisão em 3 dias e o sentimento que fica é que com muita ajuda divina não levamos
uma goleada no estadual. Levir, ACORDA MEU TREINADOR!!!! Nada está dando certo.
O time não está evoluindo. Estamos longe disso. Se nada for feito já, a
situação tende a piorar. Não venha cobrar da torcida absolutamente nada. Dessa não
se pode reclamar. Recorde de público jogo após jogo para acompanhar um
amontoado de jogador preguiçoso e sem o menor respeito pela camisa que vestem. Reveja
todos os seus conceitos de treinos, jogadas, padrões porque o que hoje você coloca
em campo foge de tudo que se possa chamar de time de futebol. Reveja sua
carreira se for o caso. Porque para acreditar em todas essas belas frases piadistas
ditas em suas entrevistas, tenha certeza que treinador de futebol nunca foi a profissão
certa para o senhor.
Levir Culpi vem sendo muito criticado pela torcida atleticana.
Foto: Norberto Duarte/AFP.
Que 2019, que mal começou, termine logo. E que as coisas
quem sabe um dia mudem. A torcida sente muito o que está acontecendo. O amor, a
confiança e o apoio nunca faltará. Já a paciência… foi para o espaço!
#AquiÉGalo
Rodrigo Ricoy Santiago
Twitter: @dih_ricoy

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