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Futebol

Eles entraram para a HISTÓRIA do GALO! Sete anos da conquista da Liberta!

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Fala, Massa!!! De volta para falar de um dos dias mais especiais  – se não o mais especial – da nossa história: a conquista da Libertadores da América em 2013!

Victor; Michel (Alecsandro, aos 72′), Leonardo Silva, Réver e Júnior César; Pierre (Rosinei, aos 46′), Josué e Ronaldinho Gaúcho; Bernard, Diego Tardelli (Guilherme, aos 80′) e Jô. Técnico: Cuca. 

Esses são os heróis que tem o nome eternamente gravados na história do clube e no coração da MASSA!

Hoje,24/07,2020, é dia de relembrar, exaltar essa página da nossa história, agradecer aos autores, enfim… é dia de GALO! Então, bora pro texto? Segura aí!

A trajetória na competição

A princípio, o futuro campeão entrou na competição visto como um “azarão” pela imprensa do eixo; era o “time de renegados” que não tinha condições de ganhar,  a despeito do vice-campeonato brasileiro em 2012. Ou como diria o “vidente e dublê de jornalista” Paulo Morsa, apenas um “cavalo paraguaio”, – frase que diria mais à frente, antes das 8as, contra o tricolor paulista . Mas bom mesmo era o São Paulo! Pois é…

Estreia e vitória em BH contra o tricolor paulista,  e o hilário “caso da água”!

O GALO estreou na competição justamente contra o São Paulo, no Independência. Jogo em que ocorreu um dos lances mais inusitados de toda a competição, o famoso “caso da água”: Ronaldinho se aproxima de Rogério Ceni e pede um pouco da água do goleiro. Ceni cede, e enquanto bebe, R10 observa o jogo. Como não se encontrava em impedimento, ao ver jogada pela direita do ataque sai para receber e dá o passe para Jô fazer o 2o do GALO na partida. E a MASSA foi ao delírio! Além disso, o lance entrou para o folclore do futebol. Vencemos a partida por 2×1. O 1o gol foi de Réver.

Na Argentina!

Após a excelente estreia, o GALO voou para a Argentina para enfrentar o Arsenal de Sarandi. E jogos lá, não interessa contra qual time, nunca são brincadeira. Então, fomos para vencer, mas sabendo que não seria fácil.

E não deu outra: o time da casa abriu o placar, querendo impor seu jogo contra o GALO. Mas tinha um diferencial na arquibancada… a MASSA! Que mesmo após o gol, empurrou o time! Daí pra frente, começou o show de Bernard: o garoto meteu 3 gols! TRÊS! Na ARGENTINA! Tardelli e Jô fizeram um cada um. E vencemos por 5×2, já que o Arsenal fez mais um para o vexame ser menor.

Cabe ressaltar que, até hoje, essa é a MAIOR GOLEADA imposta por um time brasileiro a um argentino em seu país! “Só” isso! Ainda tentaram apelar, mas sabe como é… “não sabe brincar, não desce pro play”, como diz o ditado. E o próximo jogo nos aguardava…

Bolivianos em BH

Até o momento, eram 2 jogos e 2 vitórias. Agora era buscar a terceira, contra os bolivianos do The Strongest. E ela veio: Com gols de Jô e Ronaldinho – novamente jogando MUITO – vencemos a terceira seguida. Liderança do grupo, classificação quase lá, confiança do time no topo… tudo dava certo! Mas ainda tinha muito caminho pela frente.

Na altitude da Bolívia

Agora era hora de um desafio mais que técnico: a altitude, que faz craques se arrastarem em campo, sem conseguirem apresentar seu futebol. Sabendo disso, o GALO se preparou e chegou à Bolívia 4 dias antes para se adaptar. Graças a isso – e à preparação de Carlinhos Neves – o time conseguiu render em campo, mas era perceptível que a performance não era a mesma. Já o Strongest, completamente adaptado, dava muito trabalho e fazia um jogo duríssimo.

Mas… aquele time estava predestinado ao sucesso. Mesmo com o desgaste físico e as dificuldades impostas pelo adversário, Tardelli fez o dele e o outro foi dado a Méndez, contra. Nova vitória, por 2×1! Classificação às 8as garantida! Agora era buscar o 1o lugar geral!

Nova humilhação aos argentinos…

5o jogo da fase de grupos, e agora era contra os argentinos do Arsenal, “mordidos” pela goleada sofrida em seu país! Sangue no olho, promessa de revanche, e… nova humilhação! A coisa foi tão perfeita, que até o placar se repetiu: novo 5×2! Dessa vez, marcaram Tardelli, Ronaldinho fez 2, e os reservas Luan e Alecsandro deixaram os seus também. Afinal, não se pode ser egoísta; deixa a galera do banco se divertir também, pô!

E de NOVO os argentinos tentaram apelar… mas o GALO não estava nem aí! Era comemorar com a MASSA a classificação em 1o do grupo e 1o lugar GERAL da Libertadores, esperando as 8as. Além disso, o jogo com o São Paulo, que fechava a fase de grupos, se tornara mera formalidade.

Valendo a VIDA pra um, e NADA pra outro… o jogo do Morumbi 

A situação era exatamente essa: o São Paulo precisava vencer a qualquer custo para se classificar às 8as da libertadores; já o GALO – como dito no parágrafo anterior – , não tinha objetivo algum no jogo. Já era 1o lugar geral… poderia colocar o time de gandulas, perder por W.O.,  tomar uma goleada, que nada mudaria sua condição na competição.

Sem Tardelli e visivelmente sem interesse no jogo, o time cumpriu o compromisso e perdeu a primeira na competição: São Paulo 2×0. Consequências no time? ZERO. Voltaram para BH tranquilos…

O desprezo do eixo, a puxação de saco ao São Paulo e um jornalista “Profeta”… #SQN!

Ao mesmo tempo que o GALO se encontrava tranquilo, a imprensa do eixo ia ao delírio! Enfim, “tinha pintado o time que superaria o time de renegados”. Até porque, GALO e São Paulo se encontrariam logo após a  fase de grupos, nas 8as. E começaram: “O São Paulo é favorito”! “GALO não tem chance”! “Tradição pesa”…

Por exemplo: a frase que mostrou o ápice da arrogância foi do já citado “dublê de jornalista” Paulo Morsa: vamos às inesquecíveis palavras do “profeta Morsa”: “No Atlético Mineiro, o técnico é o Cuca; o centroavante é o Tardelli; o segundo atacante é o JÔ! O volante é o Pierre, e vocês querem o quê? Que esse time seja campeão da Libertadores? Ah,vão lamber sabão pô! Passa o São Paulo”!!! Que coisa né? Enfim… só esqueceram, como disse Garrincha lá atrás, de “combinar com os russos”…

E COMEÇA O MATA-MATA!!! 

Enfim, chegava a hora daquele time mostrar do que era feito. Até ali, todo o planejamento tinha sido executado com excelência. No entanto, bastava um vacilo, uma noite ruim, para colocar tudo a perder. E agora, o primeiro desafio: encarar o São Paulo, tricampeão da libertadores e mundial, em 2 jogos.

O jogo, na verdade, começou fora de campo: o presidente do tricolor – Juvenal Juvêncio –  “preferia” arbitragem brasileira. Só que o regulamento da Conmebol era claro: no caso de dois times do mesmo pais se enfrentarem, a arbitragem só seria local caso os dois concordassem. E o presidente do GALO, Alexandre Kalil, já “escolado” por histórias passadas (alô, J.R. Wright!), não aceitou. Então, o trio de árbitros escolhido veio do Paraguai para a partida.

Um “Calaboca” no Morumbi…

Àqueles que achavam que o São Paulo era o grande favorito e que o GALO tinha ido somente “passear” em SP, se enganaram redondamente; o GALO encarava o São Paulo sem medo algum. Mas o time paulista, ainda assim, saiu na frente aos 8 minutos. Ok. Bola no centro do campo, e recomeça o jogo.

Até que aos 35 do 1o tempo, ocorre um lance fatal: o zagueiro Lúcio, que já tinha cartão amarelo, comete uma falta duríssima e é expulso. Daí pra frente, o GALO dominou e foi só pressão em busca do resultado. E deu certo: aos 41, ele: Ronaldinho, após cruzamento de Bernard fez de cabeça colocando a bola no contra-pé de Rogério Ceni! E saiu gritando o seu  hoje famoso “AQUI É GALO, PORRA”!!! Era o início da reação!

Chega o segundo tempo, e tome mais pressão atleticana!!! E logo aos 14 minutos, foi a vez de Tardelli fuzilarrrrrrrr Ceni, após lindo passe de Marcos Rocha. Vencemos por 2×1, levando a vantagem pra casa.

… E um MASSACRE – fora o BAILE – no Indepa!!!

Numa boa… um dos raros dias que quase tive dó de um adversário do GALO foi no jogo de volta dessa liberta. Foi sacanagem o que o GALO fez com o tricolor paulista. De boa… coisa de mandar rezar missa no dia seguinte pro defunto! MATOU o time de SP!!!

Foi um jogo que teve de tudo: “Hat-Trick” de Jô, gol chapelando o goleiro (obra prima de Tardelli), drible “no espaço de um guardanapo”, de R10, como dizia Armando Nogueira sobre os dribles de Garrincha (ele novamente… como queria ter visto Mané jogar!), a “olhada para um lado e passe pro outro” de Ronaldinho com direito a gol de Jô… e como se não bastasse, ainda por cima uma frase de efeito do craque da 10 ao fim de tudo, com a classificação às 4as garantida; ao dar uma entrevista logo após o jogo, Ronaldinho comentou em relação à derrota no Morumbi na fase de grupos e À classificação naquele momento soltando a seguinte “pérola” imortalizada pela torcida: “Quando tá valendo, tá valendo”… e COMO! 4×1 no “favorito tricampeão” E foi POUCO !

Tijuana: Grama sintética no México, empate na raça…

Quartas de final. Estávamos entre os 8! E enfrentaríamos o Tijuana, do México, que tinha eliminado o Palmeiras. Primeiro jogo, lá; e se contra o The Strongest na fase de grupos, a dificuldade foi a altitude, neste caso a “armadilha” era outra: a grama sintética do estádio dos mexicanos, posto que quem não está acostumado, sofre muito para se adaptar! Mas já tínhamos superado muita coisa, para pensar nisso. Ademais, a Cidade do GALO tem um campo de grama sintética. Então, metemos a cara de novo e fomos pra mais uma batalha!

No México, jogo duríssimo!!! O GALO sentiu o gramado sintético, e o Tijuana jogava muito melhor. Assim, aos 32 do 1o tempo o time da casa fez 1×0. O GALO não se desesperou, mas simplesmente o jogo não fluía. Naturalmente, os mexicanos se aproveitaram e continuaram em cima, Mas a primeira etapa terminou mesmo em 1×0 para o Tijuana.

Segundo o dito popular da Massa, “para o atleticano tudo tem de ser sofrido”. Não raro, essa máxima é extremamente verdadeira. E se mostrava novamente, visto que aos 8 minutos do 2o tempo o Tijuana marcou o 2o gol! Enfim, não tinha jeito: se não dava na bola, tinha de ser NA RAÇA, característica maior do Alvinegro de Minas!

E assim foi, mais uma vez…

Tardelli diminuiu, aos 20. A esperança enfim aparecia, ainda que tímida… mas depois o tempo foi passando, passando, e nada do gol de empate. Até que…

Quando tudo parecia perdido, aos 46 do 2o tempo, Luan – que tinha entrado no lugar de Bernard – empatou o jogo! Só alegria! Era levar mais um bom resultado pra casa e carimbar a classificação no “Cemitério do Horto”. Mas ainda tinha chão, e a máxima atleticana nos aguardava, e de uma forma que ninguém esperaria…

… E o nascimento de um “SANTO”!!!

O jogo de volta foi em 30/05 daquele ano. Data que se tornou imortalizada no calendário atleticano. Falaremos dela mais tarde. Agora, ao jogo…

O Independência estava literalmente ENTUPIDO! A torcida esperava nova goleada, novo show, como contra o São Paulo. Máscaras do filme “Pânico” lotavam as arquibancadas. O cenário era perfeito. Enfim, nada poderia dar errado. Será?

Pois podia. E começou dando tudo errado. O Atlético não se encontrava. E o Tijuana, jogando muito certinho, se aproveitou disso. Assim, aos 25 fez o que ninguém acreditava e abriu o placar: 1×0 para os mexicanos! O GALO ia pra cima, mas sem objetividade. Não conseguia empatar. Novamente, tinha de ser no grito da torcida e na RAÇA. E enfim, aconteceu: aos 40 minutos, Réver deixou tudo igual: 1×1!

O jogo seguiu no 2o tempo, e nada de mudança no placar. Tudo caminhava para a classificação do GALO, por ter mais gols feitos fora de casa. De repente, o inesperado: aos 46 do 2o tempo, o juiz dá pênalti de Leonardo Silva! Silêncio no Horto. Desespero. Depressão. Torcedores de costas para o lance, sem querer acreditar que novamente ficaríamos pelo caminho. O clima era, literalmente, o de um velório antecipado.

A CANONIZAÇÃO DE VICTOR!!!

Chega o momento da cobrança. Podia se ouvir um alfinete caindo no gramado. O atacante Riascos vai para a bola, e ( peço licença para usar a narração de Marco Antônio Vargas nesse momento, só a primeira frase) … “VICTOR PEGOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!” Explosão no estádio! Choro. Ateus agradecendo a Deus! Milhões se preparando para pagarem promessas.  Fazerem romarias infinitas! Especialmente dedicadas ao “Novo Santo” que acabara de nascer naquele exato momento: SÃO VICTOR, canonizado no Estádio Independência. Ele e sua perna esquerda – conhecida a partir deste dia como “a canhota de São Victor” – entravam em definitivo para a história.

O GALO estava nas semifinais!!!!! Daí, nada mais importava! O aluguel está atrasado? A luz vai ser cortada? AZAR! O GALO ESTÁ NA SEMI DA LIBERTA E O MUNDO SE RESUME A ISSO!

Assim, novamente seguimos em frente… agora, retornando para a Argentina!

Começa a Semi!!!

Conforme ocorreu nas outras fases, o primeiro jogo das semifinais foi fora de casa. E contra um adversário duríssimo: O Newell’s Old Boys, de Maxi Rodriguez.

Não bastasse a dificuldade do confronto, ainda por cima fomos com a zaga 100% reserva, com Rafael Marques e Gilberto Silva nos lugares de Réver e Leonardo Silva.

Jogo complicado, pressão da torcida local, mas o primeiro tempo terminou 0x0, com o GALO conseguindo segurar como podia as investidas dos atacantes adversários.

No entanto, aos 16 minutos do segundo tempo o time da casa abriu o placar e “inflamou” mais ainda o estádio, tornando uma missão que já era difícil em quase impossível. Era tentar segurar a derrota por um placar mínimo ou conseguir o empate na raça de novo.

Só que aos 35, Scocco jogou um balde de água fria nas intenções atleticanas e fechou o placar: 2×0 Newell’s. Agora o GALO precisava vencer por 3 gols para se classificar direto, ou por 2 para levar a decisão para os pênaltis.

A estrela de Guilherme! E o “Santo” brilha novamente!!!

Independência, 10/07/2013! Noventa minutos separavam o GALO da grande final, ou do fim do sonho. E novamente, a torcida compareceu em peso! Se caíssemos, por falta de apoio da MASSA não seria – como nunca foi!

E o GALO começou arrasador: Já aos 2 minutos, Bernard, logo após jogada espetacular de Ronaldinho, recebeu e abriu o placar: 1×0! Faltava mais um para pelo menos levar para os pênaltis!

O jogo no 1o tempo foi com o GALO em cima! Mas o Newell’s era um time valente , se segurava como podia e ainda contava com o grande goleiro Guzmán – que para proteger sua meta, chegou a se machucar 2 vezes, em uma delas tendo que ser atendido por 9 minutos! Assim, o resultado do primeiro tempo ficou mesmo só 1×0.

Emoção até não poder mais!!!

Veio o segundo tempo, e parecia outro GALO; o time  – sem nenhuma explicação – voltou apático, sem conseguir concatenar as jogadas, e o técnico Cuca se desesperava conforme o tempo passava, pois o Newwell’s começou a se impor.

Agora era o GALO que se segurava, e o Newell’s parecia estar “em casa”. Ainda por cima, em chance única, Tardelli foi agarrado na área, pediu pênalti , mas o juiz não deu.

Realmente parecia que não ia dar dessa vez, até que… uma parte dos refletores apagou. O jogo foi interrompido por 11 minutos. Cuca aproveitou para conversar com os jogadores e orientá-los melhor. Tirou Bernard, Tardelli e Pierre, e colocou Guilherme, Alecsandro e Luan. Assim, quando o jogo voltou, após as orientações e modificações, o time se reencontrou em campo.

Mas a noite aguardava mais um momento épico – entre tantos – nesta libertadores: Guilherme, que tinha acabado de entrar, recebe uma bola que volta da área do Newell’s após cobrança de lateral e… chuta seco, no canto esquerdo de Guzmán! Explosão no Horto! Loucura geral! No mínimo, iríamos para os penais, porque agora, mais do que nunca o Newell’s não faria gol de jeito nenhum! E realmente foi o que aconteceu…

VICTOOOOOORRRRRR DE NOVOOOOOOOOOOO!!!

Disputa de pênaltis ,e não tinha como não associar ao dia 05/03/1978, na decisão do Brasileiro de 1977 quando perdemos o título assim, com 10 pontos à frente do campeão à época. Mas agora era um outro momento. Era o momento de Victor, Ronaldinho, das “Torres Gêmeas”, Bernard, Jô… e não iríamos perder de forma alguma. Nos 4 primeiros pênaltis , todos marcaram: Alecsandro e Guilherme para o GALO, e Scocco e Vergini para o Newell’s. Então, começa novamente o sofrimento: Jô – justo nosso artilheiro – erra! Mas logo após, Casco também erra sua cobrança. Estávamos salvos! Faltavam duas de cada lado!

O próximo era Richarlyson. Ajeita a bola, corre e… erra! Graças a DEUS que atleticano não morre do coração, ou meio estádio enfartava ali! Daí vem Cruzado, frente a Victor, a MASSA secando, e… ERRA também! Agora eram 2 pênaltis no total para acabar! 1 de cada. Era fazer o nosso e Victor pegar o outro.

E QUEM vem na frente de Guzmán para a última cobrança? “Só” Ronaldinho Gaúcho. Que cobra, e FAZ! Chegava o confronto final do jogo: Maxi Rodriguez x Victor! E o argentino, principal jogador do time, foi para a bola; bateu no canto esquerdo e… Victor “voou” na bola para fazer uma defesa SENSACIONAL!!!!!!!! O GALO ESTAVA NA FINAL DA LIBERTADORES PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA!!!

O sentimento do Atleticano antes da decisão

Antes de mais nada, vou tentar “traduzir” qual era a sensação do Atleticano naquele momento: basicamente, sentíamos que podíamos tudo! Depois de tudo o que passamos em nossa história, depois de tantos “quases”, tantas arbitragens “suspeitas” (alôôôô, Aragão – 80 -, Félix – 85 – ! Não podemos esquecer de vocês… né?), até mesmo ter jogador retirado de uma final adiando-se o julgamento com esse objetivo (“parabéns”, milicos – 1977 – ! Conseguiram…)…

Agora era a nossa vez!

DESSA VEZ, tudo estava diferente, Dava pra sentir no ar. Passava um filme na cabeça de tudo que sofremos – e vencemos: não teve a arbitragem caseira nas 8as; daí nas 4as São Victor opera aquele “milagre” quando tudo parecia perdido; nas semis, una-se a bomba de Guilherme aos 50, com mais um milagre do Santo nos pênaltis …portanto, não cabia nem pensar em não ganhar!

Enfim: não ia ser agora que daria errado! Íamos ganhar esse título de qualquer jeito; no suor, no sangue, na raça, na alma, no canto da torcida – aliás, esse último acabou não só fazendo mais diferença do que nunca, como foi criado um novo “mantra” atleticano…

O adversário da grande final!

Inegavelmente, o clima de confiança era enorme. Tanto para os jogadores quanto para a torcida. Mas não podíamos deixar de considerar quem estaria do outro lado: o adversário seria o Olimpia, tricampeão da Libertadores e campeão mundial. Portanto, a conclusão era que, se uma final deste porte já é complicada, o adversário era também um dos piores possíveis.

Mas… tínhamos um ponto a favor justamente em relação ao Olimpia: a decisão da Copa Conmebol em 1992, quando batemos os paraguaios. E até hoje são engasgados conosco por isso. Ou seja: podíamos aumentar a freguesia, ou no máximo deixar a disputa em 1×1. Isso era algo para mexer com a cabeça deles. E os “hinchas” olimpistas estavam com isso na cabeça, não se enganem… lembro que antes do segundo jogo, um deles veio me provocar no twitter… só respondi assim “Recuerdas de Negini”( jogador do Atlético que fez os 2  gols na decisão da Copa Conmebol em 92)? O sujeito me xingou até a minha 59a geração passada, só por essa frase… então, tinha a pressão sim!

Polêmicas sobre os estádios das finais e favorecimento ao adversário

A confusão com os palcos das finais não era para ter acontecido, já que o regulamento é claro: só podem abrigar a final estádios com capacidade igual ou superior a 40 mil pessoas. Até aí, tudo bem.

Ou seja, o Atlético sabia que o jogo com o Newell’s tinha sido o último pela competição daquele ano.

O problema se deu no momento em que o Defensores del Chaco – estádio que o Olimpia usa – foi aprovado pela Conmebol, SEM ter a capacidade exigida, e era algo que todos sabiam. Kalil já queria tentar o uso do Independência com uso  de estruturas metálicas para completar a capacidade, o que não foi permitido; mas aí permitem um estádio que não tem a capacidade? O “turco”, óbvio, ficou uma fera. Mas não teve jeito, e nossa casa foi o Mineirão, e o Defensores del Chaco foi mantido para o Olimpia.

Muitos dizem que esse favorecimento tem origem política; o Olimpia é paraguaio, a sede da Conmebol fica em Assunção, há dirigentes olimpistas – segundo diziam à boca pequena – , etc… mas essa suposta influência externa nunca se comprovou. E se existe, dentro de campo também não funcionou…

ENFIM, A FINAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Assim, depois que tudo foi resolvido, fomos para a primeira partida da grande final. Era 17/07/2013. 21:50. E começava ali, no Paraguai, a final mais épica de uma libertadores já vista!

O jogo foi franco: o GALO começou colocando pressão desde o início. Aos 6 minutos, Tardelli marcou, mas o juizão anulou. Lá vinha o medo de competições passadas… mas azar! Ia dar e ponto! E tome pressão atleticana… com 17 minutos a “blitz” alvinegra era tão pesada, que 2 olimpistas já tinham recebido o amarelo! Mas 5 minutos depois, o Olimpia achou seu gol: depois de passar por toda a defesa do GALO, Alejandro Silva bateu de fora da área, rasteiro, no canto esquerdo de Victor que nada pôde fazer.

A partir do gol, o jogo no primeiro tempo mudou: o Olimpia passou a controlar as ações, e esteve mais perto do segundo do que o GALO do primeiro. Mas o final da primeira etapa ficou somente no 1×0 mesmo.

Melhora, relaxamento e castigo

Posto que o resultado era adverso e o Olimpia mandava no jogo ao fim do primeiro tempo, o GALO decidiu mudar a postura e reassumir o controle da partida: voltou melhor e inclusive assustou algumas vezes a meta paraguaia com Diego Tardelli. Já Ronaldinho não vinha bem, e Cuca colocou Guilherme em seu lugar aos 18 minutos. Só que o Atlético foi se sentindo confortável com o resultado, e posteriormente, aos poucos o Olimpia foi aumentando a pressão  e retomando o controle do jogo. Quase no fim, aos 44 minutos, Richarlyson levou o segundo amarelo e foi expulso. Logo após, o castigo: aos 48, quando o resultado parecia definido, uma falta para o Olimpia é cobrada por Pittoni, e a bola vai no ângulo! Alecsandro ainda tenta tirar de cabeça, mas atrapalha Victor em vez de impedir o tento.

Fim de jogo. Novamente, assim como contra o Newell’s, teríamos de tirar 2 gols de diferença. Mas agora, valia o título! Era a chance desses jogadores entrarem para a história de vez. E não podiam desperdiçar.

O Dia que entrou para a história

A finalíssima foi em 24/07, no Mineirão. Os olimpistas, desde o final do primeiro jogo, já se consideravam campeões, dizendo que iriam a Belo Horizonte “buscar la quarta” (fazendo referência ao que seria a 4a taça de campeão da competição). Em entrevista com os presidentes dos 2 clubes, o do Olimpia fez referência à possível conquista .E o presidente Alexandre Kalil usou isso a favor do Atlético. Segundo ele, ali foi onde ficou mais confiante. Afinal, ninguém “ganha de véspera”…

Mineirão. 21:50. 56.557 torcedores enlouquecidos lotavam o estádio, dispostos a empurrar o time rumo ao título. Sim, eles fariam com que aquele time, que venceu tantos obstáculos, passasse por cima também da última barreira para alcançar a glória suprema! Não seria fácil; mas desde quando o atleticano duvida? ELE ACREDITA! SEMPRE!

Começou o jogo, e com 1 minuto o GALO já perdeu uma chance. Dominava o jogo, mas não conseguia  traduzir o domínio em gols. E precisava de no mínimo 2!

Michel – que substituía Marcos Rocha – era o responsável pela maioria das tentativas do GALO, cruzando pela direita.

Aos poucos o Olimpia conseguiu algum espaço no jogo para atacar, porém nunca utilizando mais que 3 homens; a postura do time visitante era, rigorosamente falando, de se defender e segurar o resultado que garantia o título. Assim, o jogo ficou no 0x0 na primeira etapa.

No intervalo, o técnico Cuca sabia que precisava fazer alguma coisa diferente. Então, tirou Pierre e colocou Rosinei. É provável que, considerando sua devoção pela Virgem, creia até hoje que essa decisão veio por inspiração dela, posto que a substituição foi mais que feliz…

EXPLODE O MINEIRÃO!!! A MASSA EMPURRA!!! EU ACREDITO!!!

Aliás, foi mais que feliz: começa o segundo tempo, e com 1 minuto de jogo Rosinei cruza da direita; Pittoni fura; e a bola chega para Jô, que, caindo, faz o primeiro gol da final!!! O Mineirão explode! Incendeia! A MASSA grita a plenos pulmões ensurdecendo Minas Gerais, e fazendo surdos voltarem a ouvir, tal o volume! GALO 1×0! Faltava pelo menos 1! E a MASSA começa a entoar o canto que se tornaria o novo mantra do clube: “EU ACREDITO!!! EU ACREDITO!!! EU ACREDITO!!!”

Imediatamente após o gol, o GALO partiu pra cima, sempre empurrado pela MASSA, buscando o 2o. Era uma pressão absurda em cima do Olimpia. Mas conforme o tempo foi passando, o GALO começou a errar muito, se desesperar, exagerar em “chuveirinhos” para a área. E quase leva um castigo – como ocorreu em Assunção – aos 38 minutos: Ferreyra dribla Victor. Pronto. Acabou o sonho… mas surpreendentemente, escorrega e não consegue concluir a gol.

Aliás, não há nada de inexplicável… pra mim o que ocorreu foi bem claro: lá do céu desceram Roberto Drummond, Mário de Castro, Guará, Said, Jairo, Kafunga, entre tantos outros… junto com minha avó Dagmar – a maior atleticana que conheci – e deram uma “voadora” em Ferreyra! Minha avó com certeza soltou uma das frases dela quando a coisa era contra o GALO, do tipo “Aqui não, paraguaio ordinário” (é, quando se tratava do GALO a velha Dagmar era bem desbocada. Enfim, perdoável!)!

LEONAAAAARDOOOOO SILVAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!

O jogo ia se aproximando do fim, e nada do segundo gol sair. Mesmo com o Olimpia agora com 10 em campo (Mansur foi expulso aos 39, logo após falta em Alecsandro).

No entanto, nem o time nem a torcida se entregavam, e continuavam, juntos, a buscar o resultado. E ele veio! Aos 41 minutos, Bernard cruzou da direita; Leonardo Silva meteu a testa na bola. Esta fez um arco no ar tão perfeito, que nem os físicos mais ilustres conseguiriam descrever. Martin Silva ainda tentou, mas a bola morreu mansamente no fundo do gol olimpista! Pronto! Ninguém mais duvidava que o objetivo seria alcançado. Mesmo com prorrogação. Ainda por cima se chegássemos aos pênaltis, onde tínhamos a certeza que São Victor olharia por nós e realizaria mais um milagre! E realmente, o tempo regulamentar se esgotou com os 2×0 para o GALO, e fomos para mais 30 minutos de batalha!

Prorrogação

Antes de mais nada, cabia aos jogadores do Atlético atacar,atacar e atacar, posto que estavam em superioridade numérica e o desgaste para os adversários, consequentemente, era bem maior. Além disso, o Olimpia sofria mais em campo – ainda que valente – também pela imensa pressão atleticana vinda da torcida, que fazia com que os jogadores do GALO redobrassem os ânimos.

Tanto que o GALO dominou os 2 tempos da prorrogação, e o terceiro gol só não saiu porque uma cabeçada de Bernard, aos 8 minutos do 1o tempo pegou caprichosamente na trave!!! O mesmo Bernard que sentiu cãibras durante a prorrogação, mas continuou em campo para ajudar o time! Com o GALO, é assim: com sofrimento, mas na RAÇA, sem deixar de lutar o tempo inteiro! O placar não se alterou no tempo extra. E fomos para os penais. Era o último ato da saga atleticana. E era agora ou nunca!

VICTOR DE NOVO!!! BOLA NA TRAVE DE GIMÉNEZ! E O GALO É CAMPEÃO DA LIBERTADORES DE 2013!!!

É provável que os “Deuses do Futebol” tenham organizado o roteiro dessa Libertadores. Não tem outra explicação. Ao se iniciar as cobranças de pênaltis, o Olimpia foi o primeiro a bater. Miranda x Victor. Bola rasteira no centro do gol… e VICTOR defende com sua “canhota santa”! Mais um milagre do Santo Atleticano! Os 9 milhões de devotos, unidos em oração, o agradeciam!

Então foi a vez de Alecsandro bater. Frio como sempre, meteu bem no ângulo de Martin Silva. GALO 1×0.

Vez de Ferreyra; cobrou mal, mas entrou. 1×1. Guilherme para o GALO: canto esquerdo de Martin Silva, sem chance – com direito a paradinha antes, cabe ressaltar – . 2×1 GALO.

Candia e Jô bateram igual e converteram: rasteiro, no meio do gol. 3×2 GALO.

Depois foi a vez de Aranda para o Olimpia, e Leonardo Silva para o Atlético. Os 2 fizeram. 4×3.

Era o 5o e último pênalti do Olimpia. Se Giménez perdesse, o GALO era campeão! O estádio pulsava. Quase 57.000 corações alvinegros ali , unidos a 9 milhões em todo o Brasil no mundo, batiam em uníssono.

Então, chega o momento: Giménez vai para a bola, chuta, e ela “beija” o travessão!!! E O GALO ERA CAMPEÃO DA COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA PELA PRIMEIRA VEZ!!! 

Não dá para descrever a emoção!!! A loucura tomou conta das ruas de BH! A festa foi até às 6 da manhã! Uma semana depois, a diretoria atleticana promoveu uma comemoração no centro da cidade, que reuniu mais de 70.000 pessoas!!!

E isso só foi possível por causa daquele “grupo de renegados”. O “cavalo paraguaio” venceu tudo e todos! Venceu os adversários, a desconfiança e arrogância do eixo RJ/SP, a pecha de “morrer na praia”, enfim: TUDO! Podiam falar o que quisessem: tinham de engolir e tecer loas a um trabalho organizado, bem feito, e que venceu, com MÉRITOS, SEM precisar de métodos escusos, a maior competição continental da América do Sul!

Por toda a trajetória, o título mais ÉPICO de uma libertadores já visto! que os adversários discordem, normal. Mas foi! E hoje, 7 anos depois, celebramos novamente essa glória conquistada naquela madrugada do dia 25/07. O interessante é isso: dá pra comemorar em 2 dias… 24 (quando da final começou) e 25, que foi quando terminou. Eu comemoro nos dois.

Em suma, só quero dizer …

PARABÉNS, GALO!!! TE AMO DEMAIS!!! E ESSA CONQUISTA ESTÁ GRAVADA PARA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO E NO DE TODOS OS ATLETICANOS PELO MUNDO! 

#7AnosLibertadoresdoGALO

#AQUIÉGALOPORRA !!!!!!!!!!!!!

#TEAMOGALO !!!!!!!!!!!!!

Por: Renato Mello

 

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