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Luta

Galo canta alto na colina e mantém os 100%.

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Foi sofrido. Foi no sufoco. Foi com a cara do Galo. Na noite
desta quarta-feira, em São Januário, o Galo suou, penou, sofreu para conseguir
trazer os três pontos para casa. Com dois golaços de Elias e Chará, o Atlético
venceu o Vasco por 2 a 1, em sua primeira partida como visitante e se mantém no
bloco dos líderes neste início de Brasileirão. Maxi López descontou para o
Cruzmaltino, que sofreu a segunda derrota em dois e já começa a se preocupar
com o seu desempenho.

O jogo começou bastante estudado entre as duas equipes. O técnico
interino Rodrigo Santana montou o Galo no esquema 4141, com Chará e Geuvanio
bem apertos nas pontas, e Luan e Elias fazendo a aproximação pelo meio. Ao ser
atacado, o Atlético se fechava bem, diminuindo os espaços entre as linhas e
dificultando a infiltração vascaína na defesa. O primeiro tempo foi muito
truncado, os dois times com muitas dificuldades na criação. A única chance de
gol foi do time da casa, após cobrança de escanteio. A bola sobrou para Yan
Sasse que finalizou para bonita defesa do arqueiro do Galo. No mais, jogo muito
fraco tecnicamente.

O segundo tempo chegou com algumas mudanças. Peças e posturas.
Luan saiu no intervalo sentindo um desconforto. Maicon Bolt entrou em seu
lugar. O Vasco resolveu arriscar um pouco mais no ataque e com isso abriu mais
espaços em sua defesa para o contra-ataque atleticano. Em uma dessas descidas, aos
13 minutos, o Galo abriu o placar. Após lançamento longo para área vascaína, o
goleiro Alexander rebatou, Chará brigou de cabeça e a bola sobrou para Elias,
que acertou um lindo chute no ângulo esquerdo. GALAÇO.
Elias abriu o placar com um belo gol de fora da área.
Foto: Bruno Cantini/Atlético.
O gol fez o jogo animar. O Vasco precisava do resultado mais
do que nunca, se lançou ao ataque. O Galo saía melhor nos contragolpes. Em outro
lance rápido de Geuvanio pela direita, que outra vez foi muito bem no jogo,
Ricardo Oliveira foi acionado no miolo da zaga, e finalizou rasteirinho para
boa defesa do adversário. Mas quem não faz leva. Essa máxima do futebol tem
funcionado bastante com o Galo. Depois de chute mascado na entrada da área, a
bola sobrou livre para Maxi Lopez que tocou na saída de Victor e empatou a
partida aos 20 minutos.
A defesa do Galo bobeou e Maxi empatou.
Foto: Marcelo de Jesus/Raw Image/Lancepressl.
A partir do gol, a torcida dos mandantes se inflamou, e o
time cresceu. O Atlético estava acuado e não conseguia sair da defesa. A virada
parecia questão de tempo. A defesa do Galo estava suportando a pressão bem,
porém, a bola não ficava nos nossos pés e isso só fazia a pressão aumentar. Maxi
López quase fez mais um com Victor já caído. Igor Rabello salvou.

O tempo ia passando. O jogo complicando. E o empate já parecia
um bom negócio àquela altura. Zé Welison foi substituído por Jair, que entrou
tentando melhor a transição alvinegra para o ataque que era bastante lenta, com
Maicon Bolt praticamente nulo pela esquerda e Geuvanio já desgastado pela
direita. Pouco depois, Geuvanio deu lugar a Nathan. Confesso que essa
substituição me fez acreditar que no máximo o empate viria, e o medo da derrota
aumentou. Mas em uma crescente participação nos últimos jogos, Nathan entrando
mais com um segundo homem de meio melhorou a organização do Galo. Em sua
primeira tentativa, quase um golaço, em chute colocado que o goleiro adversário
salvou.

Quando indicava realmente um empate, aos 44 minutos, Chará
recebeu a bola na direita, driblou com facilidade o Poko Loko Valdivia, e em um
chute de raríssima felicidade – e que me lembrou bastante o seu primeiro tento
com nosso manto sagrado ano passado, em São Paulo contra o Palmeiras – colocou
a bola na gaveta. Mais um GALAÇO para dar números finais a partida.
Chará deu a vitória ao Galo já no fim, em outro golaço.
Foto: Bruno Cantini/Atlético.
Partida com a cara do Galo, sofrida. Mas que mostra uma mudança
de atitude da equipe. A melhora na organização da equipe promovida por Rodrigo
Santana é nítida, a compactação defensiva vem sendo eficaz, apesar de tomar 5
gols em 4 jogos. O time sofre menos na defesa, mas ainda precisa melhorar sua
transição ofensiva que vem acontecendo lentamente. O Galo precisa ser mais
incisivo ao sair da defesa. Destaques para as participações de Igor Rabello,
que mostrou bastante segurança na defesa, Elias que foi um leão no meio campo,
ajudando na marcação, chegando bem ao ataque e ainda auxiliando na organização
da equipe. Típico líder do grupo. Geuvanio já dá para considerar uma surpresa. O
menino joga muita bola, e vem demonstrando isso jogo após jogo. Ótima contratação.

A próxima partida do Galo será contra o Ceará, fora de casa
no próximo sábado. O Atlético buscará terceira vitória consecutiva e entrar de
vez na briga nesse início de campeonato, para quem sabe desgarrar dos
concorrentes.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 X 2
ATLÉTICO-MG
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Raphael Claus
(SP) – Nota L!: 6,5 – não complicou um jogo fácil de apitar

Auxiliares: Danilo Ricardo
Simon Manis (SP) e Daniel Luis Marques (SP)


VAR: Thiago Duarte
Peixoto (SP)

Renda/público: 6.559
pessoas / R$ 138.302,00



Gols: Elias 13’/2ºT
(0-1), Maxi López 20’/2ºT (1-1) e Chará 44′ 2º/T (1-2)



Vasco: Alexander; Claudio
Winck, Werley, Ricardo e Henrique; Lucas Mineiro, Fellipe Bastos (Andrey,
18’/2ºT), Yago Pikachu (Rossi, 33’/2ºT), Yan Sasse e Marrony (Valdívia
25’/2ºT); Maxi López . Técnico: Marcos Valadares.



Atlético-MG: Victor, Guga,
Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; José Welison (Jair, 28’/2ºT), Elias, Chará,
Luan (Maicon, intervalo) e Geuvânio (Nathan, 35’/2ºT); Ricardo Oliveira. Técnico: Rodrigo Santana.



#AquiÉGalo

Rodrigo Ricoy Santiago
Twitter: @dih_ricoy
Instagram: @ricoy.dih
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