Fórmula 1
Vitória para lembrar para sempre: Leclerc vence GP de Mônaco
Um domingo para entrar na história da Fórmula 1 e de Charles Leclerc (Ferrari). Após fazer a pole em 2021 e 2022, e não vencer, 2024 foi a vez do monegasco conquistar a tão desejada vitória em casa. Em frente aos familiares, amigos e todo o principado, Charles liderou de ponta a ponta, sem dar chance a Oscar Piastri (McLaren).
“Palavras não conseguem explicar…é uma corrida tão difícil, e eu acho que porque duas vezes eu fui pole e não venci, torna isso melhor de alguma maneira”, disse Leclerc. “É a corrida que me fez sonhar com um dia ser piloto da Fórmula 1. Foi uma corrida emocionalmente difícil porque com 15 voltas para o fim você está torcendo para que nada aconteça”, completou.
Para somar às comemorações da Ferrari, Carlos Sainz fez tudo o que precisava e terminou em terceiro. Além de pressionar Piastri, para evitar que o australiano tentasse ultrapassar Leclerc, o espanhol ainda manteve os ataques de Lando Norris (McLaren) sob controle.
Batida perigosa entre Pérez e Magnussen
Enquanto na frente, Leclerc reagiu melhor na largada e tinha tudo sob controle, Sainz e Piastri acabaram se tocando e o espanhol teve um pneu furado. Mas não foi o fim da corrida para ele, porque no pelotão do meio, Sergio Pérez (RBR) e Kevin Magnussen (Haas) colidiram e o carro do mexicano ficou destruído. Sobrou ainda para Nico Hulkenberg (Haas), que foi atingido por Pérez. Apesar do forte impacto, os três pilotos saíram dos carros sem nada sofrer. Porém, a bandeira vermelha paralisou a corrida por mais de 30 minutos.
Entretanto esse não foi o único incidente da primeira volta. A dupla da Alpine se enroscou na Curva Portier, com o carro de Esteban Ocon levantando voo. O francês chegou de maneira muito agressiva para cima do companheiro Pierre Gasly e acabou sendo penalizado com dois pontos na superlicença e 10 segundos. Porém, como Ocon abandonou a corrida devido aos danos no carro, a punição será aplicada na próxima corrida em forma de perda de cinco posições no grid de largada.
Relargada
Os comissários da FIA determinaram a relargada parada, com a ordem que os carros estavam no momento da bandeira vermelha. Novamente, Leclerc reagiu mais rápido que Piastri, e desse ponto liderou até o fim da corrida. Por conta da troca de compostos ser permitida durante a bandeira vermelha, parte dos pilotos optou pelos duros e parte de médios.
Após a relargada, a corrida se estabeleceu e não houveram muitas ultrapassagens, o que é comum para o traçado de Monte Carlo. Assim, o que mais se viu foi os pilotos gerenciarem o desgaste dos pneus e a distância dos rivais para evitar que um pit stop desse qualquer chance de ultrapassagem.
Quem fez algumas ultrapassagens foi Lance Stroll (Aston Martin), que precisou fazer duas paradas, a segunda em decorrência de um pneu furado. Assim, na segunda troca ele calçou pneus macios, o que deu uma vantagem na hora de buscar posições. Mas ele terminou fora dos pontos em 14º.
Pela primeira vez na história da categoria, o top 10 terminou sem alterações. Ou seja, os dez primeiros pilotos completaram a corrida na posição de largada.
Agora, a F1 segue para Montreal, para o Grande Prêmio do Canadá no dia 09 de junho.